Unexpected Visit

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Ela havia desenhado aquilo mesmo? Não pode ser...

Ao menos foi o que pensei antes de ver o dele...

~P.O.V. MARCY~

Ele havia desenhado duas luas... Duas luas brancas... O meu par de luas em meu rosto...

-Sun...-disse ainda pensando em como continuar, mas não precisei.

-Marcy... Esses são... Os sóis do meu rosto...?- ele perguntou. Eu tinha esquecido do meu desenho.

-Talvez...- disse e virei o meu rosto para que ele não me visse corar- São. São seus sóis.

A essa altura eu já estava de olhos fechados com medo do que viria a seguir.

-Então você também- ele disse, e então eu abri meus olhos e olhei para ele.

Ele estava com a mão sobre parte de seu rosto, rindo baixo. Mas ele não ria de mim. Ele ria pois eu também não podia tira-lo da cabeça.

Espera. Ele não me tira da cabeça?

Essa pergunta ficou pairando alguns segundos sobre mim, até que em fim ele voltou a falar.

-Você pensa em mim também, não é? E naquilo de ontem também, certo?- ele havia percebido. Dessa vez eu não tinha escapatória- Marcy, é por isso que você fugiu de mim... Não é?

-Sim...- disse e senti meu rosto parecer queimar de tão quente que havia ficado.

-Me desculpe. Ainda não posso te dizer algo sobre isso. Tudo o que posso dizer é que preciso pensar um pouco. Tudo bem por você? Você esperaria por isso mais um pouco?- ele disse. Eu não queria esperar, mas senti a confusão e desespero em sua voz. Ele precisava desse tempo para pensar. Eu não queria, mas entendia.

-Tudo bem. Eu espero o que for preciso. Você tem o tempo que precisar- disse e isso me apertou o coração. Mas ainda assim permiti que ele tivesse esse tempo para ele.

-Obrigado Marcy.

-Não há de que. Mas posso pedir uma coisa? Não demora muito mais de uma semana. É ansiedade de mais pra alguém- eu disse a ele, que deu um pequeno e sincero sorriso.

-Vou tentar, mas não garanto nada- ele disse e dessa vez eu que sorri.

Só gente como eu e o Sun pra brincar numa hora dessas.

Por fim o sinal tocou, e dessa vez nós tínhamos que nos separar. Nos despedimos e fomos para nossas salas. Antes da aula acabar ele tinha me passado meus horários para que eu não me perdesse entre as aulas. Minha próxima aula era de educação física. Pelo menos algo divertido.

Quando cheguei no ginásio da escola, o professor mandou que a sala se dividisse em dois grupos. Nós iríamos jogar queimada, seja lá o que isso fosse. O professor explicou as regras, para eu conseguir entender como funcionava esse jogo.

-você vai ser a primeira princesa!- aquele garoto que eu humilhei no primeiro dia disse e lançou a bola em mim.

Eu segurei a bola com uma mão. Quando era criança minha mãe havia pedido para caçadores me darem lições básicas de sobrevivência, e para os guardas um treinamento básico de combate, e uma coisa que os dois tinham em comum eram os reflexos rápidos.

Magical FeelingsOnde histórias criam vida. Descubra agora