Capítulo 03

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Aquilo era um pesadelo

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Aquilo era um pesadelo. Tudo era tão desesperador, cheguei até a me amaldiçoar por não ter seguido o caminho da minha família, eles sabiam com o que eu ia sofrer. 

Ela estava me perseguindo por todos os cantos. Eu não podia respirar que ela já me marcava. E não foi apenas eu que percebi, Natasha sempre me alertava no laboratório enquanto eu analisava as laminas no microscópio. Laura passava pelas minhas costas e se inclinava com os braços cruzados pra olhar o que eu estava fazendo, a mesma pigarreava e depois ia embora sem dizer nada. Assustadora que só ela. 

Após o café da manhã os novatos teriam que fazer um exame no laboratório. Exames em nós mesmos. Não nos explicaram direito o motivo, mas teríamos que tirar sangue, era uma rotina ali pois as vezes ficamos expostos a "doenças". Quando tudo acabou eu segurei o algodão no começo do ante-braço onde foi usado a agulha, novamente fui cercada pelo olhar da megera chefe. Ela cruzou os braços e levantou a cabeça, sai do laboratório e caminhei até Natasha que me esperava no final do corredor. 


— Você tem razão, ela não para de me encarar! — Suspirei.

— Quem? — Natasha perguntou.

— A chefe, quem mais seria? — Respondi e sai andando.

— Você acha que esse pessoal é louco? — Ela perguntou.

— Ás vezes... — Respondi.

— Acho que está te observando.

— O pessoal desse lugar? — Perguntei.

— Não... A Laura. — Sussurrou Natasha.

— Mas foi isso que eu falei quando cheguei, idiota.

— Não, mas eu estou falando de agora!


Me virei e vi que era verdade. Laura me encarava da mesma forma que me encarou no laboratório, no refeitório, e todos os outros dias possíveis. Olhei pra frente e puxei Natasha pelo braço, ela me acompanhou e juntas viramos o corredor. Entrei em meu dormitório e atirei meu jaleco no chão e coloquei as mãos na cabeça. Laura estava me deixando completamente louca, e talvez aquele fosse o trabalho dela. Naquela tarde tivemos treinamento, eu respirei fundo tentando acalmar meus nervos. Era hora do ir, decidi que eu faria sem reclamar ou colocar defeito em alguma coisa. Se Laura queria que eu fosse boa naquela idiotice, eu seria, e mostraria pra todo mundo de uma vez por todas que eu não era ruim só porque me obrigavam a ser boa em uma coisa tão inútil. Um placar foi colocado a nossa frente, eles estavam mesmo contando pontos de lutas? 


  — Isso ficará aqui e todos poderão ver seus pontos! — Disse Laura — Aqueles que não passarem da linha vermelha estão desclassificados, e eu vou contar uma coisa, ninguém aqui vai querer ficar abaixo da linha vermelha, vão por mim...

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