Capítulo 15

116 8 2
                                        

– Não acho que é uma boa ideia você fazer isso!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

– Não acho que é uma boa ideia você fazer isso!

Anne me reprovava mais do que meus professores no fundamental. Ela era egocêntrica, achava que suas ideias eram melhores do que as minhas só porque conhecia o ambiente melhor do que eu nesses últimos anos. Laura permanecia encostada na parede de braços cruzados sem se mover, os outros tentavam se distanciar do assunto prestando atenção em outras coisas enquanto eu travava uma batalha verbal com a garota.

– Eu conheço eles, inclusive melhor do que você.

– Não conhece não, você está aqui a poucos minutos, eu estou aqui à anos. – Ela deu um passo à frente com as mãos no bolso da calça. – Eu sou líder de treinamento aqui, meu dever é passar tudo e ensinar a lutar e a se defender e passar o progresso pros chefes, então eu sei lidar com eles, sei como pensam e o que fazem, e você, apenas acha que sabe.

Existem momentos em que eu preciso ser calma, não elevar a raiva, mas aquele não era um desses momentos. Eu não aguentava mais ouvir pessoas falando o que eu deveria fazer, e Anne estava me testando ao máximo. Liberei toda a minha raiva quando pressionei seu corpo contra a parede, enforcando-a. Anne bateu os braços contra os meus fazendo com que minhas mãos soltassem ela, e em seguida me deu uma joelhada no estômago. Aquela doeu. Rapidamente acertei um soco em seu queixo, e quando estava pronta pra acertar outro, Laura entrou na frente e foi acertada com um chute na lateral do corpo por Anne. Ela me afastou e Natasha segurou a outra que se debatia ferozmente.

– Já deu, acabou. Isso aqui não vai resolver. – Falou Laura.

– É? Então diz isso pra essa louca! – Disse Anne, tentando me provocar.

– A única louca aqui é você, pensa que sabe das coisas mas não sabe de nada.

– Tay, chega! A gente precisa se ajudar, não se matar, já tem gente demais lá fora que nos quer enterrados.

Laura afastou-me dali, nos sentamos no chão e ela segurou meu braço enquanto Natasha levava Anne pra fora do quarto.

– Não preciso que me segure! – Falei e puxei meu braço de volta.

Jason seguiu Natasha, deixando Laura, Yael e eu no quarto. Minha cabeça doía, meu estômago mais ainda e eu só percebi depois que a adrenalina cessou.

– Para de ser durona, não estou te segurando porque acho que você vai tentar ir atrás dela.

Laura conseguia ser mais fria do que eu. Ela me encarou de um jeito que me fez diminuir, seus olhos verdes agora pareciam duas bolas de fogo que ardiam eternamente. Engoli em seco, olhei pra frente e descansei a cabeça nos joelhos flexionados.
Logo todos estavam de volta, mais tranquilos e decididos, precisávamos agir antes que a falta dos guardas que invadiram a casa da tia Marta fosse um problema naquele lugar. Tiramos aquelas roupas e voltamos aos tranjes normais, checamos as armas e saímos do quarto. Caminhamos com cuidado até chegar no salão de jantar dos meus pais, Anne foi a primeira a entrar e pudemos ouvir o que ela falava. Ela sinalizou e eu pude ver pela semiabertura da porta. Estava na hora de entrar. Empurrei e ela se abriu milagrosamente, revelando as pessoas que ocupavam o grande salão.

The perfect planOnde histórias criam vida. Descubra agora