Capítulo 16

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Precisei reunir todos em meu quarto

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Precisei reunir todos em meu quarto. Conversamos um pouco e tentamos pensar em uma forma de não estragar tudo. Anne voltou ao seus afazeres, ela não estava mais afim de nos ajudar agora que Laura se encontrava presa.

— Ela sabia que iria ser presa. Por que não avisou? — Perguntou Natasha depois de morder uma maça.

— Talvez ela não soubesse que seria. — Jason sentou-se no chão.

— Sabia sim. Ela nem sequer se debateu quando os guardas puseram as mãos nela! — Falei. — Temos que tira-la de lá.

Nos entre-olhamos e suspiramos. Abaixei a cabeça para pensar e não consegui formular nada que pudesse ser concreto. Queria vê-la e pedir ajuda, era um momento difícil e eu lembrei de todas as vezes em que ela precisou tomar decisões para nos salvar. Na verdade, eu sabia que não era tão simples assim, afinal, já não éramos bem-vindos ali.

— Vamos pensar em tudo o que aconteceu até agora, assim entenderemos o que deve ser feito! — Sugeriu Yael.

— Boa ideia. — Natasha jogou fora o resto da maça e começou. — Primeiro fomos atacados, não sabemos por qual departamento mas temos uma noção!

— Depois fugimos. — Continou Jason.

Me perdi em algumas lembranças e fatos que surgiram ao longo dos meses em que estive no departamento. Fomos várias e várias vezes testados, nos treinaram, fizemos exames rotineiros, trabalhamos em laboratórios, coisas das quais nem sabíamos o porque éramos obrigados a fazer. O início de tudo se deu a um simples ato do qual mudou nossas vidas, e nem ao menos pudemos entender o motivo. Eu pelo menos, não. Enquanto pensava sobre isso e fingia estar ouvindo os outros ao redor, pensei em algo que poderíamos fazer. Nada de tão perigoso e assustador, mas calmo e paciente.

— Taylor, você está ouvindo? — Natasha estralou os dedos á frente do meu rosto paralisado, despertando-me.

— Vamos ficar aqui mais um tempo e descobrir tudo o que for relevante. Não podemos causar outra guerra!

— Ficou louca? E a Laura?

— Devemos pensar mais com a cabeça do que com os punhos. Confiem em mim, vou dar um jeito nisso.

Contei-lhes o que faríamos a partir daquele momento, por alguns minutos me olharam com desdém, e eu tentei ao máximo faze-los compreender a ideia. Não era algo arruinador, e precisávamos de tempo. Eu faria justiça, mudaria todo esse caos e tranquilizaria a humanidade, entretanto eu precisava de mais horas.

— Vou começar procurando nos laboratórios, talvez eu possa entrar, ou invadir... Tanto faz. — Falei.

— Taylor, está se esquecendo dos guardas que matamos? — Jason tentou falar o mais baixo possível.

— Não, eu não me esqueci. — Fechei os olhos com uma certa força, como se quisesse descartar aquela hipótese — Quando finalmente descobrirem tudo, nós atacamos. Laura já tem que estar fora da prisão e nós devemos estar com o máximo de informações possíveis.

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