POV. Justin Bieber
- Ah, você não vai entrar. – Disse enquanto jogava minhas chaves do carro para o Jorge guardar na garagem.
Anne Nercessian entrar na minha casa era uma péssima ideia!
- Você está me expulsando? – Perguntou indignada enquanto eu ria da sua cena.
- Estou, se seu pai saber que você entrou aqui em casa... – Então ela me cortou, com o mesmo papinho de sempre.
- Eu já disse que ele não liga, mas que merda! – Ela disse impaciente e eu ri. Essa garota tinha um parafuso a menos, ou vários...
Então me dei por vencido, mesmo sabendo a merda que poderia dar, mas agora eu poderia me arriscar mais, afinal o que ele faria com um chefe no seu território?
- Ok, vamos. – Disse entrando e ela veio atrás de mim, eu abri a porta da sala dando visão do hall da casa, e o silêncio era ensurdecedor, o que me fez lembrar porque preferia ficar fora de casa, do que vir para ela, mas meu pensamentos foram cortados pela minha vizinha gostosa falando comigo, e eu olhei para a mesma, e cara eu realmente não sei mais por quanto tempo iria resistir tudo aquilo.
- O que vamos fazer? – Ela perguntou, e eu não sabia o que responder, eu sabia o que eu queria fazer com ela, mas eu não podia... Não com a filha do mafioso que mora na frente da minha casa.
- Vamos ver. – Disse andando a frente e dando acesso a minha sala. – Posso te perguntar uma coisa? – Disse cortando a concentração dela na decoração da casa, e ela apenas concordou com a cabeça. – Por que anjo da morte? – Perguntei lembrando do que o Contador tinha dito no casino, não perguntei antes por receio.
- Achei que nosso interrogatório tinha acabado. – Ela disse enquanto eu tirava as coisas do meu bolso e jogava em cima do sofá. Ela era atrevida, e isso era uma das coisas que me fazia ter certeza que o quê ela disse sobre a família dela ser diferente, era verdade, pois normalmente as mulheres da máfia são mais recatadas.
- Só curiosidade. – Disse simples e caminhei até a cozinha, onde ela se sentou no balcão como se a casa fosse dela. – Se a minha cozinheira ver isso, ela te mata. – Brinquei e peguei uma tigela e joguei cereal, depois abri a geladeira e peguei o leite despejando.
– Você quer? – Ela disse que não e eu apenas sentei do seu lado da bancada e ela riu.
- Acho que sua cozinheira vai fazer um homicídio duplo. – Ela disse me fazendo rir e me engasgar. – Olha, angel of death é um apelido que eu ganhei quando era adolescente. – Olhei estranho para ela.
- Você tem quantos anos? – Perguntei curioso, afinal ela nunca tinha me dito, a não ser aquela ID falsa que me mostrou no dia do Club A.
- Vinte, eu sei que eu tenho cara de criança, não precisa esfregar na minha cara, idoso. – Ela disse me zoando e o sorriso dela era bonito, e acho que aquele momento foi a primeira vez que dei risada de baixo daquela casa depois de tudo.
- Eu não sou idoso, vinte e dois anos ainda é estar no auge. – Disse convencido e pisquei para ela enquanto colocava outra colher de cereal na boca e ela apenas revirou os olhos.
- Continuando, eu recebi quando comecei matar umas pessoas. – Ela disse e seu olhar mudou, parecendo lembrar de algo que não gostava. – São lembranças que bloqueei, mas a gente não pode negar o passado, apenas aprender com ele. – Ela disse mudando o semblante rapidamente, aquilo me causou curiosidade, qual era seu passado? – E ai matando pessoas, Brendon me deu esse apelido, pelo fato de ser loira, ele dizia que eu parecia ser um anjo... – Ela dizia distante enquanto eu reparava no seu cabelo, como assim loira? – Mas era o que enganava as pessoas e elas acabavam mortas, por isso anjo da morte, e bom acabou pegando depois que me formei e entrei realmente no mundo da máfia. – E ali eu percebi, ela realmente não tinha crescido no mundo na máfia, por isso ela era diferente das outras mulheres. – Matou sua curiosidade? – Ela perguntou rindo enquanto eu colocava a tigela atrás de mim no balcão.

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REVERBERATE
FanfictionNo sul de Los Angeles, erguia-se uma das famílias mafiosas mais poderosas do estado da Califórnia: os Bieber's. Os recém-chegados ao sul da movimentada Los Angeles, uma família da máfia francesa, possivelmente ignoravam o terreno traiçoeiro sobre o...