[...] Algum tempo atrás na França
Era começo de Dezembro, o espírito natalino começa a ascender em várias pessoas pelo arredor do mundo, com suas diferentes temperaturas climáticas em seus respectivos países, mas a maioria com o mesmo sentimento de que mais um ano havia se passado diante dos olhos delas.
E ali no frio avassalador da França se encontravam a família Nercessian, que era a máfia mais importante de toda a Europa, principalmente na França.Eram conhecidos por serem frigidos, frios e até alguns ousavam dizer que nem alma eles tinham, ainda mais porque depois da perda de uma das herdeiras pouco tempo atrás eles se manteram sem comoção, e não fizeram nada a respeito.
Por muitos motivos, as outras máfias eram suas subordinadas, por medo. Afinal, como o dinheiro, o medo também movia o mundo, de acordo com a família Nercessian.
Enquanto a máfia sentia o silêncio dos Nercessian após a morte de Angelique. A neve ia caindo sobre o asfalto cinza e o ia deixando cada vez mais branco, e a cada segundo escondendo algum vestígio que exista algum asfalto por ali, o noticiário havia dito que seria um dos dias mais frios do inverno, era raro nevar daquela forma aonde residiam os Nercessian, talvez tivesse sido um presságio que eles não previram naquele dia frio de Dezembro.
O frio não impediu Anne Charlotte Nercessian de usar roupas de malhas finas com seu sobretudo de pelos brancos por cima com seus cabelos longos e loiros se misturando com sua vestimenta.
Suas mãos eram rápidas, pegou apenas uma metralhadora e a carregou colocando na maleta junto com munições sem pensar muito e fechando logo em seguida com certa força, logo deu três pulos e balançando seus braços simultaneamente, era seu ritual.
- Nome, máfia e honra. – Sussurrou algo que sempre dizia durante aquela época, enquanto vestia luvas para esquentar suas mãos, a única vestimenta que não era preta, era seu casaco enorme de pelos brancos, o restante se resumia em peças escuras ou pretas. – Que todos os pecados sejam lavados hoje. – Disse séria e pegou sua maleta indo em direção do seu carro Aston Martin preto fosco e deu partida em direção de uma casa que ela prometeu que voltaria para vingar algo que ela achava que era culpa deles.
Aquela Anne que dirigia com paciência e cautelosamente sobre as ruas congeladas, era uma Anne religiosa, pós internato, uma época que transformou ela em uma coisa que a família dela nunca desejou, uma julgadora, era péssimo para os negócios, era péssimo para a máfia.
Ela desceu do carro assim que passou do portão daquela família, e caminhava lentamente em direção da porta de entrada com uma face de calmaria como se estivesse ali para tomar um chá da tarde.
Aquela casa era da família Vegas, eles eram a segunda família da máfia mais importante da França, isso causava conflitos entre os Nercessian, mas nada extremo, até que aconteceu o suicídio de uma das herdeiras Nercessian...
Anne atravessou o hall da casa como se fosse dona de cada pedaço ali e foi em direção da sala de jantar e sentou na outra ponta da mesa, onde estava livre e depositou maleta no chão.
Ela encarou cada um deles, o pai, chefe da família, a mãe e o filho, faltava uma, a filha deles que era considerada uma desertora não oficial, pois abandonou o mundo da máfia para viver outro estilo de vida.
- Ainda bem que repensou. – Disse o chefe encarando a garota que era conhecida como Anjo da morte. – Realmente, levar adiante que nós fomos os culpados da morte da sua irmã, era idiotice. – Ele disse áspero analisando alguma reação na face da garota que estava plena em seu lugar. – Afinal, foi um suicídio porque ela preferiu morrer do que ser presa. – Ele ia dizendo bobagens enquanto Anne havia se levantado cansada daquela cena, ela estava de frente dele, um em cada ponta. – Depois de ofender nossa família, vejo que seu pai aceitou a oferta de nos pagar uma indenização. – Esfregou suas mãos assim que Anne em silêncio depositou a maleta na mesa e abriu sem que os olhos curiosos dos três pudessem ver o conteúdo. – Consigo cheirar o pedido de desculpas daqui. – Ele disse convencido e Anne riu sem ânimo.
- O sangue purifica. – Disse consigo mesma e passou os dedos pela metralhadora lentamente e a sacou ligeiramente, engatilhando rapidamente dando apenas tempo da família arregalar os olhos surpresos com o ato e ela atirar nos três em questão de segundos, caindo moles em suas cadeiras já com seus corpos sem vida. – Esse é meu pedido de desculpas. – Ela disse com os corpos mortos e fechou sua maleta e logo a carregando novamente, mas com sua arma na outra mão. – Você foi vingada, Angie. – Disse com satisfação e saiu andando dali dando de cara com um dos capangas e atirou nele sem pensar duas vezes. – Odeio matar pessoas sem motivos! – Reclamou. – Você devia ter ficado na sua. – Brigou com o corpo caído do capanga como se fosse algo natural e já tendo a visão do seu carro e entrou no mesmo.
Ela chegou em casa como se nada tivesse ocorrido, foi para o seu quarto ligou a sonatta de piano num volume alto e sentou no chão do seu quarto com os olhos fechados repetido a cena das mortes várias e várias vezes em sua mente por puro prazer e ao mesmo tempo assombração, porque ela tinha medo dos seus atos.
A porta do seu quarto foi aberta brutalmente e seu braço puxado com força para cima a forçando a se manter em pé enquanto alguém gritava com ela, ela apenas mantinha os olhos fechados e ignorando tudo o que era lhe dito.
Duas mãos ásperas seguraram seu rosto com força e chacoalhou com certa força.
- Olha para mim e fala que não foi você! – A voz grossa do Nolan fez ela abrir os olhos lentamente e dar de cara com seus olhos verdes com as pupilas totalmente dilatadas, talvez pelas emoções que estava sentindo naquele momento.
- O julgamento foi dado, eu só vinguei minha irmã. – Disse sem emoção e ele a soltou brutalmente. – Coisa que o marido dela deveria ter feito. – Cuspiu as palavras nele sem nenhum pingo de empatia por aquele cara em pé a sua frente.
- Nós tínhamos um plano! – Gritou.
- Um plano que deixariam eles vivos, enquanto Angie apodrece na terra. – Disse simples e Nolan pressionou os lábios tentando controlar as misturas de emoções. – Você tem que aprender a reprimir suas emoções. – Ela o aconselhou e deu dois passos para trás mantendo uma distância dele.
- Desculpa, mas eu não fui criado para ser um filho da puta sem emoção que nem você. – Disse com desgosto, mas ela não havia se ofendido, enquanto ele a encarava por um tempo. – Vocês eram tão iguais, mas totalmente diferentes ao mesmo tempo. – Ele a mediu, as duas eram gêmeas, mas tinham personalidades opostas, mas aqueles tipos de comparação haviam acabado, pois uma delas estava morta.
- Você veio aqui para isso? – Perguntou. – Eles chamaram a polícia e por isso Angie se matou, eu os culpei e matei.
- Você sabe que colocou seu pescoço em risco. – Ele alertou e seus olhos estavam marejados só por encará-la e desviou o olhar dela.
- Eles não podem mandar matar a única herdeira de uma máfia. – Disse ela com convicção. – Afinal, gente morta não reclama, RIP Vegas Family. – Debochou, e Nolan voltou a olha-la com curiosidade, ela havia tido um tom de voz depois de muito tempo, e foi um tom diferente de sua frieza diária.Provavelmente, a morte foi o pivô para tudo acontecer, para conflitos ocorrem de forma tão avassaladoras, talvez se Angie não tivesse puxado o gatilho tudo seria diferente, ou não.
Há uma teoria que você já nasce com um destino traçado, não importe quantas vezes você desvie do seu caminho, o universo faria você entrar nele novamente para você cumprir seu destino.
Anne, não acreditava em tais baboseiras, mas Angie aceeditava e sempre disse para sua irmã que naoimportava quantas vezes ela tentasse evitar quem ela era, o universo iria mostrar quantas vezes fosse preciso.
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REVERBERATE
FanfictionNo sul de Los Angeles, erguia-se uma das famílias mafiosas mais poderosas do estado da Califórnia: os Bieber's. Os recém-chegados ao sul da movimentada Los Angeles, uma família da máfia francesa, possivelmente ignoravam o terreno traiçoeiro sobre o...