[16] liberta

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Rafael havia concordado de me levar até Botafogo, onde ficava a minha casa e a da Sarah e onde iriamos nos preparar para depois ir para a casa da Camila. Saímos pela manhã próximo as nove horas, a viagem era de quase três horas e se alongou ainda mais pelo o grande tráfico na via e durante o percurso nós conversamos sob música, filmes e a paixão de Rafael: o surf.

Ele tentava me convencer a subir em cima de sua prancha novamente, mas só de lembrar-me das dores que eu fiquei pelo o corpo, eu queria passar era longe de uma novamente.

Chegamos em frente ao prédio da Sarah quase meio dia e meia e minha melhor amiga já me esperava no portão ao lado do porteiro que ficava na entrada. E quando me ver saindo do carro acompanhada de Rafael, lança olhares bastante sugestivos para mim e ele, que parece não notar.

— Está entregue. — fala, parando ao meu lado e me entregando a mochila e uma sacola com minhas coisas que eu havia trago.

— Você vai voltar para búzios ainda hoje?

— Não, vou esperar você. Então eu passo aqui amanhã no final da tarde, certo?

— Certo — Digo e ele se aproxima de mim e beija próximo o bastante da minha boca, e sai com um sorriso no rosto para o carro.

— Oi e tchau para você também, Rafael. — Sarah grita para ele da calçada que a responde com um aceno e depois rir dela. — Eu juro que se você não me contar tudo agora, eu sou capaz de cometer um crime com você, Rafaela.

Sarah e seus dramas diários. Passo meu braço livre por cima de seu ombro a abraço, havia passado quase um mês em búzios e a coisa que eu mais sentia saudades, com certeza era da minha melhor amiga.

— Você pode me dá comida primeiro? Eu estou morrendo de fome — resmungo depois de solta-la que me olha com uma expressão de tédio e me ajuda com a minha bolsa. Subimos até sua casa e depois de almoçar na mesa com os pais dela, me jogo sobre sua cama e espero que o interrogatório comece, eu até já poderia imaginar qual seria a pergunta, mas sou surpreendida quando ela deitou-se ao meu lado.

— O que você vai fazer em relação ao Renan?

Olho para o teto rosa do quarto de Sarah e suspiro. Renan não sabia que eu estava vindo, já que eu não trocava nenhuma palavra com ele desde o dia da nossa briga, então eu não sei o que fazer em relação a ele. Mas também não sei o que fazer em relação ao Rafael.

— Você que é minha melhor amiga desde que me entendo por gente, o que acha que pode acontecer?

Ela me olha por um tempo antes de responder. Sarah parecia me conhecer melhor do que eu mesma, então eu esperava que ela tivesse quase todas as respostas para as minhas dúvidas, mesmo eu sabendo que quem deveria ter elas, era apenas eu.

— A pior coisa é você ficar sem nenhum do dois, mas acho bem difícil depois que vi os olhares de Rafael para você agora cedo.

Sorrio envergonhada para ela que me dá um tapa leve na testa.

— Por que vocês ficaram afastados por tanto tempo, Rafaela Dantas?

Suspiro alto e abraço o travesseiro branco de Sarah.

— Por que a gente ficou afastando por tanto tempo? — Refaço sua pergunta sem respostas antes de jogar o travesseiro que antes estava em meus braços sobre ela.


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Rafael RafaelaOnde histórias criam vida. Descubra agora