Espero que gostem, e curtam ;) O capítulo não está adiantado e nem corrido. Vamos descobrir entre o antes e o depois a história de Nate e Mel ;) Haaaa, e claro curtam a música ;)
" ... Você... Você pensa em mim?
Você sente o mesmo?
Você se lembra da sensação?
Porque eu lembro..."
( Shawn Mendes --- Ruin )
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Melanie (Antes)
Não sei porque cometi a loucura de mentir a minha idade, mas algo no olhar de Nataniel me fez tentar sustentar uma mentira que ele poderia descobrir facilmente. Onde quer que minha estaria tenho certeza que estaria muito chateada comigo. Eu poderia muito bem visualiza-la balançando a cabeça em reprovação, com as mãos na cintura.
— Mel, o que você pensa estar fazendo? — Ela diria com sua voz doce ao mesmo tempo que dura.
Sei que o que eu estou fazendo é errado, mas o calor das mãos de Nataniel e o seu olhar que me fez tremer com arrepios por todo meu corpo, não fez parecer que eu estaria cometendo um crime tão imperdoável. Apesar da minha consciência atestar para o fato que eu tinha dezesseis anos e ele era o meu professor da faculdade e meu pai com certeza se soubesse o que estou fazendo, iria querer me matar. Mas, como mandar no meu coração? Como mandar que meu corpo pare de reagir como um trem desgovernado, quando ele me olha de uma forma tão doce e atraente?
A verdade é que também vai dentro de mim a sede pela vida e experimentar todas as coisas enquanto ainda tenho vida. Eu vi a morte de frente, vi ela levar a minha mãe e nem pude consolar o meu pai. Porque, entre medicamentos fortes eu ficava mais apagada que acordada depois das cirurgias que eu tinha passado, uma no meu quadril e no meu braço. As dores eram tão fortes, principalmente a do meu quadril que os médicos precisaram me aplicar morfina. Mas, para ser sincera eu nem sei o que doía mais, se era o meu coração, a minha alma ao lembrar da minha mãe ou o meu corpo. Lembro que dopada e sonolenta dos medicamentos sentia e via meu pai com olheiras profundas, sentado no sofá do quarto. Vez ou outra eu sentia a sua mão apertando a minha, chorando baixinho dizendo que eu iria ficar bem, que eu não podia abandona-lo também.
Talvez eu fui teimosa e para não deixar meu pai sozinho lutei contra a dor intensa, e, em momentos de lucidez fiz pedidos a algum anjo voluntário para que eu ficasse bem. Me agarrando nas lembranças lindas da minha mãe e meu pai me surpreendi tendo fé e uma força que até então jamais imaginaria ter. Lembro do pastor da igreja orando, lembro das meninas que eram da equipe de torcida chorarem e ao ver elas chorando lembro também que falei que elas eram tão dramáticas, fazendo a enfermeira rir com carinho para mim, antes de me injetar mais morfina, me apagando de vez.