Trabalho?

375 43 133
                                    

Notas iniciais:

Voltei, meus amigos!

Trago-lhes o capítulo 2 do Tanguinho que não é o suco, mas é gostosinho. (Desculpem pela piada horrenda)

Espero que gostem do novo capítulo e peço que prestem atenção a cada detalhe descrito, posso garantir que eles serão necessários no futuro. ;)

Enfim, boa leitura!

****************************

- Vovô! Vovô!

- Não entre em casa gritando, Yuratchka.

- Eu não sei como lhe explicar, vovô. Aconteceu algo inacreditável!

Exclamei, mais animado do que antes.

- O que houve?

- Irei trabalhar para o senhor Thompson.

- Mas... Como assim? Como isso aconteceu? Achei que já havia pedido emprego na fábrica e haviam lhe recusado.

- Não, vovô. É melhor do que isso! Vou contar de forma resumida. Como se por um milagre ele apareceu no restaurante no qual fui pedir emprego, ouviu-me conversando com o recepcionista sobre e me ofereceu um emprego como servente em sua casa.

- Meu filho! Isso... Isso é quase inacreditável!

- Ele disse que o conhecia de conversas com o senhor na fábrica e que eu fosse até sua casa amanhã.

- Eu estou muito feliz, mas ao mesmo tempo não creio que seria justo aceitar tanto do Sr. Thompson. Ele pagou minha conta do hospital, mandou os secretários da fábrica encaminharem meus papéis da aposentadoria e agora te oferece um emprego.

- Talvez seja essa a nossa oportunidade de acertar as coisas com ele, vovô. Todo mês vou descontar uma quantia de meu pagamento para ir quitando a dívida do hospital. Sei que ele é um homem honrado e não vai querer aceitar, mas também somos honrados e prometo que as dívidas Plisetsky serão totalmente liquidadas.

- Eu nem sei o que dizer... Estou muito orgulhoso do homem que se tornou, meu filho. Felizmente foi criado por alguém que te ensinou moral e bons costumes.

Anos e anos se passaram, entretanto, falar sobre a minha mãe ainda era muito difícil para meu avô. Em outra situação, talvez o pressionasse para saber o que ele me escondia sobre minha mãe, assim como fiz tantas outras vezes em vão, mas estando doente do coração, não o pressionaria.

- Bom, terei que arrumar uma roupa limpa e apresentável.

- Quem sabe não é agora a hora de cortar seus cabelos, Yuratchka?

- Não posso, vovô. Eu sei que não gosta de conversar sobre esse assunto mas... O senhor sabe que é a única coisa que lembro com clareza sobre ela. Nem seu rosto consigo me lembrar.

- Tudo bem. Não irei forçar-lhe a fazer o que não deseja.

Não era sensato continuar com aquela conversa. Acabei por tentar limpar casa. Não me satisfiz com a limpeza, porém, já era tarde e ainda teria que preparar a comida que deixaria para meu avô comer amanhã.

------------------------------------

Era incrível. Nunca havia visto uma casa tão imensa. Agora nos portões, após mais de duas horas de locomoção para o local que era inacreditavelmente longe do centro da cidade. Entretanto, a distância parecia valer a pena. A área ao redor da casa era totalmente cercada por lindas árvores com variadas colorações em suas folhas, fazendo com que as pedras cinza da faixada se destacassem sobre o bosque ao seu redor.

O Tango de Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora