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O carro voava pelas avenidas de Longuine, com a cabeça encostada no vidro frio encarava a cidade a qual tanto me doei passar veloz. O meu estômago estava embrulhado, não sei se dado a forma como loiro pisava fundo na embreagem, ou a ansiedade matuta de rever o dono dos meus sonhos quentes.
O misto de preocupação com a tal "mudança repentina" e até mesmo a saudade pela fragrância que emanava dele.
Acaricio minha barriga por cima do vestido vinho. Quis estar no mínimo apresentável para rever o homem a qual abalou todas as estruturas físicas e mentais. Quem aguenta ser rocha firme por muito tempo com topázio penetrando no profundo mais intenso de toda sua alma?
– Merda.
– Que foi?
– Lay, você vai ter que prometer não gritar!
– Por quê?
– Estamos sendo seguidos.
– O que? – Grito as palavras, já procurando o motivo da perseguição e noto realmente um par de faróis que seguem repetidamente cada manobra do loiro.
– Pegue meu telefone, disque o número de Diego, e envie nossa localização. Pega o telefone Layla, faça o que eu te falei. – Perdi as contas de quantas vezes ele repetiu a frase, sua voz saia como a de alguém que acabou de ingerir quantidade excessiva de gás hélio.
Estou estática. Sem reação alguma a não ser o nervosismo, processar ordens em meio à calmaria recém-terminada foi trabalhoso.
– Apenas faça o que eu diga tudo bem? Depois nós conversamos.
– Tem senha... qual a senha? – Pergunto com as mãos trêmulas, o nervosismo de Rafael está pairando pelo ar e encontrou a mim. A forma como faz manobras perigosas, nos enfiando em vãos de carros impossíveis, recebendo buzinadas e provavelmente causando pequenos arranhões na lataria, é tortuosa. Mantém os olhos nos retrovisores e o queixo treme. Conheço tempo suficiente pra entender os sinais de seu corpo.
– Doce.
– A senha Rafael? – Insisto.
– A senha é doce...
Encaro o semblante frio do menino a qual acaba de revelar sua senha com tamanha naturalidade. Como ele pode jogar em mim esse turbilhão de emoções e manter a empatia em seu rosto? Das pontas dos dedos do pé, até o ultimo cabelo do meu corpo o frio se instala. São tantos motivos para sentir.
Ansiedade para encontrar Thor Telles.
Estamos sendo perseguidos, por algo aparentemente ruim, muito ruim.
Rafael Austin optava por lembrar-se de mim até com a simples senha do celular. Um gesto pequeno e grande demais para compor lágrimas salgadas batendo fundo nos meus olhos.
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Refém do seu amor - QUEBRADOS 2
ChickLitO limite já foi se foi. Agora ela vai submergir ao impremeditável... A pobre e indefesa Layla Gianini morreu, dando lugar a advogada fria e implacável. Congelar seu coração para vencer seus demônios foi à única escolha cabível num mundo onde os medo...