Capítulo 9 - Ficou pra depois ♠ (Thor Telles)

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Tudo era tranquilamente manuseado, não havia muita coisa que eu não pudesse resolver.

Até descobrir que paixão, amor, carinho, cuidado, todo o sinônimo dessas palavras fora totalmente o inverso do que tinha por real. Ela me mostrou isso, entregou o céu, arrancando o chão. Me transferi de imediato para seu nome sem que nenhum de nós percebêssemos. Foi um contrato irreversível. Foi um prelúdio do meu próprio fim. Sem talvez e com toda a certeza que alcancei o gosto da vida no nosso escuro particular.

Nunca esperei que o tal do amor fosse fácil, nem que tivesse fases, muito menos que perderia o controle!

Espera ai! A morena precisava de mim. Certo? Indefesa, fraca, insegura... tantos medos e males a assombravam. Sou seu guardião? Errado. Com todos seus pontos fracos, a advogada foi a força em forma de beleza que nunca tinha avistado. Como não querer ser preso sem direito a habeas corpus junto dela?

Foi tanta bagagem pra tão pouco tempo. Realmente quem poderia aguentar? Tão delicada que era, Layla foi embora. Eu tentei entender, tentei aceitar. Mas o ódio misturado de saudade enchera meu copo. Tudo se desmoronava sobre minha cabeça e de repente as forças para sair do lugar sumiram.

Desnorteado demais para saber ao certo o que fazer, até Rafael Austin serviu de consolo com algumas doses de birita em o boteco qualquer. Procurei pronto agredi-lo, até ter certeza que nem mesmo o diabo sabia onde Gianini estava.

Busquei como pude, o primeiro dia foi um inferno sem notícias. Me envolvi em brigas, bebi demais e dirigi alcoolizado. Não era obsessão, só precisava dizer a ela que a amava. E que estaria aqui por ela. A ideia de perde-la latejava sem parar dentro de mim.

Fiz tudo o que sempre considerei errado, por que pra mim nada mais importava. Nem mesmo ter Julia me esperando nua naquela casa.

Não, ela não me afetou fisicamente. Apenas gargalhei da mulher, que um dia foi meu objeto de desejo. E isso a deixou beirando a loucura. No dia seguinte quando acordei pediu desculpas e aceitei o seu café. Foi o ponta pé, para o fim de tudo. Fora da casinha batizou meu café e começou o tormento físico e mental.

Quando acordei já estava no meu quarto amarrado a uma espécie diferente de jogo sexual. As fotos de Layla e Rafael passavam repetidas vezes em uma televisão improvisada numa mesinha na frente da cama. Fotos antigas e recentes, via eles em fotos, gifs, vídeos, montagens. Diversos beijos, pequenas declarações no Instagram. A pessoa que fez isso teve um bom trabalho... cada sorriso de Layla para ele era real. O jeito como ela tocava, as frases malditas que saiam de sua boca.

– Está vendo Tito, essa mulherzinha não serve pra você! Ela nasceu pra ele, os dois são farinha do mesmo saco.

– Que porra você está fazendo Julia?

– Estou pegando o que é meu, você! E vou te mostrar toda a verdade.

– Julia me solta. Já chega de brincar. Cadê o Roberto?

Refém do seu amor - QUEBRADOS 2Onde histórias criam vida. Descubra agora