Cap 9

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Agora é a vez de conhecer Amy... Quem é essa garota? Qual é a dela? Outra maluca? Ou toda certinha? Saberemos já já...

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Amy...

Entro e saio de reunião, trabalho, tomo café, almoço, janto, vou para o banho e o celular sempre do lado, como parte do meu corpo.

Desde aquela quarta-feira, não penso em nada além de um sujeito exótico, barbado, cabelo preso, a cara de mau, incontáveis tatuagens e o sexo mais selvagem, maluco e incrível que já fiz na minha miserável e previsível vida.

Tinha que ter enfiado o maldito salto na tela do celular, Amy! Tinha!

E ainda pagar de gotosa e não pedir o telefone do boy!

Burra! Burra! Burra!

Agora fica aí, chorando pelos cantos, a espera de uma mísera mensagem que nunca chega...

Jeff... Nada mais ocupa essa maldita mente traíra...

Jeff... Repito esse nome até nos sonhos, para ver se meu anjo da guarda o coloca no meu caminho outra vez.

Podia ser um dês-ja-viu de um encontro acidental, uma topada na rua, cinco minutos para um café ou qualquer coisa me deixasse perto dele ao menos uma vez mais, nessa maldita vida.

Nunca... Jamais fiquei tão alucinada por um homem, como agora.

Mas também... Quem é que vai querer alguma coisa com uma mulher que dá para um desconhecido, dentro do elevador quebrado?

Só você para ter esperança, Amy...

Ele pode ser um cara casado... Cheio de filhos... Ou apaixonado pela namorada loira, boazuda que não larga do pé...

Ou até gay?!

Ai Meu Pai, não!

Ou bissexual com viés para homens?

Socorro!

É duvida demais, agonia demais, um suplício...

Terça-feira, 10:15h, eu atolada em uma reunião massacrante que já dura duas horas e, de repente, uma mensagem de um número desconhecido invade a tela do celular.

"Oi, Amy..."

Pulo da cadeira e um gritinho estridente e totalmente inconveniente escapa pela boca.

A reunião pára.

Vinte pessoas dentro da sala. Doze só de clientes. Meu chefe se descabelando em frente ao data show para vender um projeto de milhões para os japoneses e a desjuizada aqui atrapalha todo o raciocínio dele, por causa de um "Oi, Amy".

— Desculpa. — peço no coletivo. — Uma ligação importante. — e tento justificar, já me levantando com o celular na mão. Saio da sala debaixo de dezenove pares de olhos, um deles expelindo as chamas do inferno; justo Greg, meu digníssimo chefe e sócio-proprietário do escritório onde trabalho.

Nem encostei a porta e a mensagem "Olá! Tudo bem?" já tinha saído do meu smartphone rumo ao número desconhecido.

Tudo ótimo, Amy! Aqui é o Nicholas, da Mylight Corp. Queria agendar uma reun....

Ai não! Merda! Merda! Mil toneladas de merda desabando nessa cabeça de vento!

Coloquei minha carreira em risco, por causa do assistente ultra-pentelho de um cliente, que ficou me chavecando depois da apresentação que fiz para o chefe dele, duas semanas atrás.

My Dear AmyOnde histórias criam vida. Descubra agora