Já na pista, o espaço está tomado pela "fauna" mais diversificada que jamais poderia imaginar reunida em um mesmo lugar.
Jeff escolhe o nosso canto, me bota na frente dele e começamos a dançar, ao ritmo da música que domina de forma mágica cada másculo do corpo.
Esvazio meus pensamentos, as pirações, encanações. Tudo se esvai, conforme o som invade a alma.
Quando dou por mim, já me deixei levar, pela música e pelo Jeff, principalmente.
Estou de costas, me esfregando nele... Jeff me segura pela cintura, beija o pescoço e desliza as mãos pela lateral inteira do corpo, perna, quadril, até os peitos, sem me deixar desgrudar dele em um só segundo.
E lá está Amy, rendida ao inebriante Jeff...
Vira-me de frente e capricha nos beijos pela face e parte do pescoço.
— Incrível Amy... — fala perto do ouvido, os olhos me adulando como nunca vi antes.
— Delicioso Jeff... — ele gosta disso. Sorri deslumbrado, depois me assola com um beijo de travar a língua.
Dançamos, beijamos, nos esfregamos por minutos, horas talvez. Ninguém se importa com a gente, nem com nada ao redor. Tudo parece normal, aceitável e eu começo a gostar desse lugar...
— Quer dar uma volta? — ele me pergunta, assim que o cantor conclui a última musica.
— Claro... — ergo os ombros. Nem consigo imaginar o que me espera. Mas, por motivos que vão além da razão, eu confio nele. Nada mais me dá medo por aqui, com ele junto.
— Vem... — e me puxa pela mão, me conduzindo pelo lugar. Tomamos um corredor, depois outro. Subimos uma escada. O bate-estaca pesado, um misto de trance e house, volta a ocupar a pista...
Chegamos a uma porta estreita. Jeff abre, me puxa para dentro e a trava com um pequeno trinco.
Estamos trancados num completo breu, entrecortado de vez em quando por um resquício da luz que passa pelas frestas, vindo do canhão que balança sobre a pista, ao ritmo da música.
Não consigo mais ver Jeff, mas sinto cada gesto, cada toque, a respiração entrecortada, a barba roçando a pele.
Ele me toma com pressa, desespero até, e me ataca com uma vontade descabida.
Eu correspondo. Estou com ele. Gosto disso...
Condeno-me por me deixar levar pelo que parece um dês-ja-viu inconsequente... O mesmo ritmo, o mesmo escuro, o mesmo misterioso Jeff.
Deveria parar, mas já é tarde demais.
O corpo trai o cérebro e o juízo e lá está Amy, sem vestido; os peitos saltando do sutiã de renda, assolados por boca e barba, língua e dentes; dedos enterrados em "sua" intimidade; depois língua experiente explorando cada dobra ali embaixo, até ter o membro rijo assolando-me contra a superfície fria em que estou parcialmente deitada...
Jeff goza. Eu gozo. E não há tempo para recuperação. Ele me vira de costas, mão direita revezando-se entre apertar minha bunda e explorar minha intimidade, enquanto sussurra palavras deliciosas ao pé do ouvido e roça a barba pelo pescoço, eriçando cada poro da pele que ele alcança.
Eu não tenho forças para resistir. Deveria, mas isso é simplesmente impossível.
Ele dobra meu corpo de leve até que eu apoie o cotovelo na superfície fria, puxa uma das pernas para cima e enterra-se em mim, numa pegada que me deixa sem forças para respirar...
Eu grito, ele urra, e juntos somos nocauteados por mais um orgasmo. Algo sem precedentes. Pelo menos para mim...
Cada célula agora obedece ao comando do Jeff, como se esperasse a vida toda por seu "mestre". A sensação é única, mas agonizante.
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My Dear Amy
RomanceUm presente de aniversário inesperado do irmão favorito e Jeff se vê preso em um elevador enguiçado, complemente a sós com sua paixão platônica da adolescência, jamais superada, apesar de mais de uma década sem ter qualquer contato com Amy. Poucos...