The Ocean

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Andrew Jensen's Point Of View

Acordo com uma dor imensa abaixo do umbigo. Lembranças do que aconteceu ontem a noite bombardeavam minha mente e tento ao máximo lembrar de detalhes do que aconteceu. Tento levantar mas não consigo, um desconforto imenso se faz presente em todo meu corpo. Olho pro lado e veja ela, dormindocom baba no lado da boca. sorrio com a situação.

Fico 5 minutos olhando pra ela dormindo. Como pode um ser tão pequeno, mas tão corajoso?

Ela me salvou?

procuro meu celular no bolso da calça e logo procuro o contato de Connor mandando a localização via SMS. Em dentro de uns 10 minutos escuto a bozina no lado de fora do apartamento minúsculo.

A garota ainda dormia por cima do lençol azul marinho quando levantei e sai pela porta. Me sinto um pouco culpado por não ter dito nada então volto e escrevo em um post-it meu número e nome e coloco em cima da mesa pra depois dá uma recompensa por ela ter me ajudado.

Quando entro no carro, não consigo parar no que aconteceu. Cinco caras com máscaras me seguiram quando saí do treino, me espancaram em uma rua deserta e tentaram me matar, mas consegui andar um pouco até não aguentar mais e ficar jogado no chão desacordado.

Agradeço por ela ter me salvado, lembro do seu rosto daquela aula de anatomia. Como ela é inteligente e peculiar, ela salvou a minha vida. Eu tinha desisto de tudo ontem a noite, tava esperando aparecer a luz no fim do túnel como todo mundo diz que aparece quando estamos próximos de morrer, mas não apareceu nada. Apenas escuridão.

Desde quando entrei nesse carro Connor fica insistindo pra irmos num médico para verificar a ferida, e eu acabo sedendo por que quero pegar uns antibióticos pra dor. Queria ser do tipo que banca o durão e diz "estou bem, não se preocupe" mas por mim eu ficava na cama por meses e meses.

Olho o celular no caminho ao hospital, duas chamadas perdidas Da Jess e 10 mensagens dela também. Ainda nada da garota peculiar, mas ainda é cedo e ela não deve ter acordado.

Fecho os olhos e encosto a cabeça no vidro.

— Você disse que ia me explicar detalhadamente oque aconteceu, mas você não disse nada. —

— vários caras com máscaras tentaram me matar ontem, e algo me diz que tem muito a ver com o que meu pai faz. — Suspiro e fecho os olhos novamente.

— E por que você tava naquele prédio antigo? Como conseguiu escapar?

— Uma garota me viu jogado na chuva e me salvou, eu já conheço ela e pretendo dar uma recompensa pelo que fez.

— Andrew, isso é sério. Não sabemos o que eles querem, então vou contratar um guarda costa pra você. E que sorte você teve sobre a garota, se não fosse ela você estaria morto. — é verdade.

Volto pra casa e fico jogando video game enquanto minha mãe trazia comidas pra mim e me mimava. Mas nem tudo são flores, tenho que ler um artigo imenso pra aula e já faltei um dia. É terça-feira e decido ir somente para as aulas da tarde.

Minha mãe ligou pro meu médico e ele veio me examinar em casa mesmo, o que facilitou tudo.

— Você teve sorte por que não perfurou nenhum órgão, os pontos estão um pouco desleixados mas levando em conta que foi feito as pressas, não está tão ruim. — Sorrio fraco pra ele e faço um sinal com a mão pra ele se retirar, pois eu precisava muito descansar se queria ir pra aula mais tarde.

hora depois

Como a aula hoje é de anatomia, significa que terei aula garota com a garota que me ajudou mais cedo.

Entro na sala com o celular na mão e o professor me olha feio, pois além de está mexendo no celular que é algo proibido, estou atrasado.

— Desculpe.— susurro pra ele e já entro na sala, Jess faz sinal pra mim sentar no lado dela. Antes de sentar meus olhos correm pela sala mas não encontro nenhum sinal da garota. Só quero agradecer ela, como não pude fazer isso pessoalmente.

Jess e eu entramos juntos na faculdade, começamos a sair na época e hoje namoramos. Não posso dizer que sou totalmente apaixonado por ela, mas eu gosto de sua companhia e eu nunca fico sozinho.

— Aconteceu alguma coisa? — ela me olha e eu nego com a cabeça , ela não diz mais nada apenas volta a atenção pro professor explicando alguma coisa relacionado aos olhos, não consigo prestar atenção.

Uma garota com tranças fica na frente do quadro. Logo que é a garota que  me salvou e rapidamente melhoro minha postura.

— Como já sabem, alguns dos calouros estão planejando uma viagem para uma palestra em outra cidade. Quem quiser participar é só fazer a inscrição e o depósito. Além de aprendermos, vamos nos divertir. - a turma bate palma e ela sorri. — obrigada. —  ela se senta e eu não tiro os olhos da costa dela.

— Você já vem?— Jess me pergunta quando a sala acaba.

— Vai na frente, já to indo. — Ela concorda com a cabeça e logo caminha pra fora da sala.

A garota está guardado os livros quando me aproximo dela e passo a mão no cabelo.

O que vou dizer?
— Oi. — digo e me sento em cima da mesa do professor. Como ela tava sentada na frente, fico apenas alguns centímetros longe dela.

— Oi. — ela responde e me olha e coloca a mochila na costa

— Obrigada por me ajudar hoje mais cedo eu- 

— Não tem problema. — ela me corta e encaro seus olhos castanhos

— okay..

ela anda em direção a porta, mas sou mais rapido e fico na frente.

— Quero me inscrever para a viagem.
provavelmente só vai nerd e nenhum dos meus amigos, mas talvez eu convença eles e dê uma animadinha nessa viagem.— Ela aparenta está com um  pé atrás, mas pega um formulário da mochila e estende em minha direção com uma caneta. Eu preencho rápido e devolvo pra ela. O depósito é de só 100 dólares.

— Valeu. - pisco pra ela e os olhos dela brilham, mas logo ela sai da sala indo em direção o refeitório e sigo por esse caminho também.

Todo mundo está lá, Jess guardou um lugar pra mim como sempre. Quando me aproximo percebo que ela também pegou minha comida. Essa garota me conhece tão bem.

— Alex vai dar outra festa. - Gabe diz com a boca cheia e dou um tapa na testa dele — ai.. — ele toca na testa, mastiga e continua. — Espero que a caloura não estrague a festa do coitado dessa vez. — ele deve estar falando da briga da novata com um dos meninos, o que me faz rir por que aquilo foi engraçado.

— Você vai né, Andrew?- Jess me olha e coloco uma batata na boca.

— Sim. —  Dou uma pausa pegando o celular do bolso — E é pra todo mundo ir pra viagem que os calouros vão fazer, eu já fiz minha inscrição.

— Vai ser um porre — Gabe diz e o resto do pessoal da mesa concordam me fazendo revirar os olhos.

— Não vai ser porque vamos está lá, certo? é a primeira festa do ano, a gente não pode simplesmente deixar passar — Dou uma mordida no meu hamburguer e todos se entreolham.

Nem foi preciso muito pra eles concordarem. Depois disso, Dei uns amassos com a Jess no carro, A viagem já é depois de amanhã e preciso descobrir alguma coisa pra retribuir o favor pra menina que me salvou. Só quero que nós fiquemos quites. Apenas.