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Alicia

Quando cheguei em casa depois da entrevista na casa do Henrique papai já estava lá fazendo o almoço, mamãe estava sentada o observando, mesmo fraca por conta da quimioterapia. Eles se amavam e dava para ver isso em seus olhos, quando um olhava pro outro ou até só de falar um do outros seus olhos se iluminavam , era bonito de se ver, eu um dia quero ter uma pessoa pra me olhar desse jeito, pra me admirar como meus pais se admiram, mas o principal de tudo eu quero mostrar aos meus filhos que com o amor você vai superar tudo e todos com quem você ama, todas as dificuldades e até mesmo as doenças como meus pais estão superando agora, uma dando força ao outro.

- Oi meu amor - mamãe fala me dando um sorriso, mesmo depois de ter que raspar seus lindos cabelos castanhos cheios de cachos ela não perdeu sua beleza - como foi a entrevista?

- Oi mamãe, foi ótima eu agora tenho um emprego - falo animada e meu pai me olha com um grande sorriso - e o senhor pai conseguiu? - pergunto.

- Sim filha eu consegui, eu já conversei com sua tia e ela vai ficar com sua mãe até quando a gente chegar - ele fala animado.

- Bom pai sobre isso eu precgiso conversar com vocês - ele me olha com uma sobrancelha arquiada, um claro sinal de que está intrigado - Bom eu fui em uma entrevista em uma empresa,porém eles não me contrataram porque eu não tinha nenhum curso, então o Nico me levou na casa do irmão do seu amigo que precisava de uma babá para seu filho que é um bebé de 4 meses, bom eu fui contratada e vou receber muito bem e eu até vou ter convênio médico - falo puxando bastante ar para tomar coragem para acabar de falar - o único problema é que vou ter que dormir lá e voltar para ca- meu pai não me deixa acabar de falar.

- Você não vai trabalhar lá - ele usa a voz de quando quer me dar bronca.

- Ronaldo nossa menina vai sim, se ela quer trabalhar lá ela vai e você não vai empedir - minha mãe fala seria.

-Mas clara ela é só uma menina - ele olha pra mamãe com cara de dó.

- Se ela quiser ir ela vai e você vai se despedir dela como um bom garoto - ele olha pra ela indignado e depois olha pra mim e eu me seguro pra não rir. Dês de muito pequena eu vejo isso, é engraçado ver o papai levando bronca como se fosse uma criança.

Depois desse episódio nós almoçamos tranquilamente, quer dizer mais o menos, o papai estava emburrado e eu e mamãe riamos disso, depois do almoço mamãe me ajudou a arrumar minha coisas e me disse diversas vezes pra tomar muito cuidado.

Com tudo arrumado fomos para sala e papai estava sentado no sofá com nosso filme favorito do seu lado " sempre ao seu lado" sempre que estávamos emburrados um com o outro esse era nosso jeito de pedir desculpas, eu fui em sua direção, sentei no ao seu lado e coloquei minha cabeça em seu ombro.

- O senhor sabe que eu te amo mais que tudo papai, até mesmo mais que café - ele da uma risadinha, café é nosso vício - eu prometo ligar pra vocês todos os dias e aos fins de semana volto pra casa e a gente mata a saudade, mas não te quero triste pelos cantos tudo Bem?

- Tudo bem minha princesa, só tome cuidado, você e sua mãe são as coisas mais importantes da minha vida, se te acontecer algo eu não sei o que vai ser de mim.

Nós três passamos a tarde toda juntos vendo filmes e comendo pipoca, é estranho pensar que eu não veria mais eles todos os dias, mas já me conforta saber que eu vou poder ajudar eles financeiramente. As exatas 20 horas a campainha toca e quando abro encontro Jorge o morista do Henrique, o convido pra entrar e logo papai e ele começam a conversar. Jorge pelo que me falou tem 50 anos, é viúvo e trabalha com o Henrique dês de que ele era bem novo. Ele tem a cabeça raspada e tem um corpo gordinho, ele tem cara de vovó aqueles que da vontade de apertar, ele tem um filho o Rafael que é casado com o Diego e eles tem uma filhinha a Carol, ele se refere a família com um imenso amor chega a impressionar. Na hora de ir papai pediu repetidas vezes para que Jorge cuidasse de mim como se fosse sua filha, papai até convidou Jorge e sua família para um almoço de fim de semana, e ele aceitou. Papai fazer amizade com Jorge foi bom porque assim ele não fica tão preocupado e me deixa mais tranquila.

O caminho para casa do Henrique foi divertido, eu e Jorge podemos se dizer que viramos amigos, durante a viagem minha " nova moradia " nós fomos rindo, conversando e até cantando.

Quando cheguei logo Olivia me disse que eu poderia subir para o quarto de Ben, quando ele durmiu, eu e o Henrique fomos comer. Henrique além de ser lindo e gostoso é divertido, ele me perguntou da minha família e eu contei um pouco da minha mãe e do meu pai e ele me falou apenas do seu irmão e disse que sobre os seus pais ele preferia ver minha reação quando os visse pessoalmente. Depois conversamos sobre trabalho e ele me contou sobre a mãe do Ben, eu simplesmente a odeio sem mesmo a conhecer.

Destino de um pai Onde histórias criam vida. Descubra agora