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A pessoa tinha que ser muito mal-educada para bater daquele jeito na porta do banheiro.

Ela podia simplesmente dar a volta e ir a outro banheiro, como eu tinha feito, e me deixar em paz.

Mas a pessoa continuou batendo e pedindo para entrar, e eu achei que conhecia aquela voz de
algum lugar. Parecia a voz de Emily Ann Offenbach.

- Só um minuto - falei. As palavras saíam da minha boca grossas feito melaço.

Me recompus, me levantei lentamente, dei a descarga pela décima vez, limpei a pia, deiuma enrolada na toalha de mão para que as manchas de vômito não ficassem muito aparentes,
abri a porta e saí.

Eu sabia que seria fatal se olhasse para Emily Ann ou qualquer outra pessoa, então fixei meu olhar numa janela no fundo do corredor e saí caminhando, pé ante pé.


*

A Redoma de Vidro ( em edição)Onde histórias criam vida. Descubra agora