Love Bomb

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- Então... Ela tem a escola toda nas mãos dela desse jeito – Aaron diz olhando para mim, ainda um pouco confuso. Afirmo com a cabeça e mordendo um pedaço da maçã. – E ela ainda fez vocês dois manterem paz... Meu Deus, ela não é humana, alguma enviada divina, só pode.

- Ei! – reclamo e ele levanta os braços.

- Me desculpe, mas só pode ser. Vocês dois nunca fizeram paz antes, por que agora?

- Faz sentido – digo rindo e logo o sinal toca e voltamos para as aulas.

As seguintes aulas seriam de história com o Aaron, biologia com Alessia e a última de química com Cameron.

Bem que eu poderia ir embora antes dessas aulas, inventando uma desculpa para a dona todo-poderosa, mas ela não aceitaria na certa.

As aulas de história e biologia, por incrível que pareça, passaram rápidas, a cada cinco e cinco segundos eu olhava para o bendito relógio pendurado no canto da porta. Isso era uma tortura, mas era como se o tempo estivesse ao meu favor nessas aulas, pois são as que eu mais odeio.

E infelizmente chegou a aula de química. Vou ao meu armário pegar meu livro e meu caderno da matéria, e quando chego à porta da sala, vendo que estou razoavelmente atrasado, vejo que Cameron Alexander Dallas é minha dupla na mesa.

A sala é repleta de mesas como três filas com lugares duplos, com alguns objetos químicos que incrivelmente nunca consegui gravar os nomes em cima. Todos com suas duplas e todas as mesas cheias, menos a que Cameron está sentado, a terceira mesa da fileira perto da janela.

- Por favor, senhor Mendes, vá ao seu lugar, minha aula já começou! – diz apressadamente o senhor Donovan, professor de química. Dizem que ele é perturbado, e eu respeitosamente concordo com isso, é sério.

Ando apressadamente para a mesa e sento-me no lugar que fica ao lado da janela.

- Guardei lugar – murmura ele sem olhar para mim.

- Que seja, obrigado – murmuro soltando um suspiro longo.

Olho para fora da janela, dando direto no gramado e um campo dividido em cinco cores: azul, vermelho, verde, amarelo e rosa. São rosas coloridas, então possivelmente é trabalho da turma de ecologia ambiental da escola. Eles costumam fazer essas loucuras todas.

Começo a imaginar como seriam os cheiros delas. Sei lá, talvez fossem diferentes, já que são literalmente de cores opostas, talvez interferisse nos aromas.

- Senhor Mendes, o trabalho da turma de ecologia ambiental é mais interessante que minha aula? Talvez devesse trocar os horários – ouço a voz do professor me tirar dos meus sonhos e volto a olha-lo.

- Ah... Não, quer dizer, o trabalho deles são perfeitos, mas a sua aula é melhor. Eu só... estava pensando em alguns acontecimentos – tento achar alguma explicação boa o suficiente.

- Então devesse passar mais tarde com a sua tutora para falar sobre isso – ele sugere vindo a minha direção. Seu cabelo grisalho pega brilho com a luz do sol entrando pela janela.

- Não preciso, estou bem, é sério – digo e ele continua a me analisar, porém em silêncio, como se estivesse tentando ler minha mente.

- Hum, que seja... – ele volta a explicar algumas coisas que não faço a mínima ideia do que sejam.

Escoro meus cotovelos na mesa e esfrego meu rosto, suspirando.

A hora vai passando tão devagar que acho que já se passaram dois dias e ainda estamos aqui, ouvindo um professor chato com sua voz chata fazer uma explicação chata.

Você É Meu Último Dia - ShameronOnde histórias criam vida. Descubra agora