CAPÍTULO 9

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A manhã passou rápido. Depois de horas conversando com Mayson ele saiu e foi de encontro com o pai que o convocou para uma reunião. Mayson apesar de ainda não governar, já faz parte do Conselho com o pai.

Assim que bateu meio dia no relógio desço para o almoço. Não é muito "elegante" se atrasar para qualquer que seja a refeição. Nunca. Violet me disse isso e foi algo que acatei para mim mesma.

Adentro a grande sala para me juntar a Mayson e sua família e vejo ele e o pai conversando algo bem sério pela cara deles.

Me sento e os cumprimento, recebo resposta apenas de Mayson e a rainha com um "Olá" e mais nada. Não entendi o por quê. Não questionei. Suas expressões já deixavam claro o suficiente que não seria boa notícia, então opto por ficar de bico fechado.
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Ao término do almoço vou para meu quarto. Subo as escadas pensativa e de certa forma preocupada.

Não que eu tenha uma longa convivência com a família real, mas nunca a imagine agindo daquela forma. Tão... grossa?

Estou na sacada. Minha parte favorita do quarto. Onde consigo observar todo o jardim, incluindo a fonte enorme que jorrava água por todo lado.

Sou dispersa com batidas na porta. Ao abri-lá, Mayson está parado me olhando. Estala a língua e diz:

- O que acha de um passeio pelo jardim? Precisamos conversar.

E como precisamos. Ele percebeu como fiquei deslocada com tudo que houve hoje durante o almoço. E as chances de ser sobre isso que ele quer falar são altas.

- Claro - sorrio para ele.

Ele ofereceu seu braço e eu aceito, aquilo se tornou algo tipíco dele comigo. E sinceramente? É legal conviver com alguém tão cavalheiro como ele por perto.

Descemos as escadas e passamos pela porta, toda parte com guardas. Hoje o palácio parece estar mais... protegido comparado aos últimos dois dias.

Andamos um pouco até chagarmos próximos à fonte que é vista da minha sacada.

Nosso andar dimínui o ritmo.

- Você já deve saber sobre o que quero falar e aqui vamos ter mais privacidade.

Soltou seu braço e para de frente para ele.

- Chega de enrolar, o que houve hoje? Seu pai nem ao menos respondeu meu comprimento. Fiz algo errado?

Ele sorri. Não entendo o motivo de graça.

- Não Harley - ele aponta para um bancos atrás de nós e nos sentamos - você não fez nada de errado. Mas sinto dizer - ele suspira - o que vou dizer também envolve você.

Não faço ideia do que poderia ser. Mas pela forma como ele fala já posso imaginar que coisa boa com certeza não está nem ao menos perto de ser.

- Então fala logo! - eu exclamo ja sem paciência alguma.

- Bem... - ele respira fundo como se estivesse se preparando para fazer o que nunca imaginou que faria - Harley, se lembra quando eu te disse que minha mãe faria um baile para comemorar sua volta?

Apenas assinto com a cabeça.

- Pois bem - ele continua - nessa manhã já estava no jornal o convite para os nobres e alguns cidadãos da cidade virem para a festa.

Não entendia onde ele queria chegar. Sabia que iria sair no jornal e sabia também que eu seria bem mais exposta que isso.

- Mayson - digo com os olhos arregalados brincando - não estou entendo onde você quer chegar.

Ele sorri como se concordasse e fala mais:

- Logo depois dos jornais serem distribuidos houve um ataque em uma cidade vizinha a nossa.

- O que? - digo séria - como assim um ataque?

- Harley, ao contrário de boa parte da população, há pessoas que não gostaram muito da ideia de sua família retornar ao trono. - fico pasma com cada palavra que ele fala e também cada vez mais intertida, prestando o máximo possível de atenção - Não admitem, mas na verdade são pessoas contra o governo, pessoas que acreditam serem melhores que outras. - ele praticamente cospe as palavras, com total desgosto a toda situação.

Eu até que consigo entendê-lo, como alguém pode ser tão... sem noção ao ponto de achar que pode melhorar algo destruindo outro? Como e onde isso faz algum sentido?

- Mayson, eu... não sei o que falar. Quer dizer que é tudo culpa minha? - digo sentindo lágrimas virem até meus olhos. Isso é culpa minha, não tenho dúvidas. Se eu estivesse bem longe daqui, ou ao menos não soubesse de tudo isso, talvez o país não estivesse prestes a entrar numa possível... guerra talvez?

- Não - ele sorri - não é culpa sua.

- Não acredito em você - desvio os olhos. Ele pega minha mão me fazendo virar no mesmo instante para ele. Seu toque me causou um leve arrepio.

- Não é. Acredite em mim. Harley, ninguém tocará em você. Isso nós prometemos.

- Mayson - tiro minha mão da dele - você não pode garantir isso para o resto do país.

Ele não responde mais nada. Apenas fica em silêncio como se pensasse em como repater meu raciocínio.

- Estamos fazendo o possível. Vai por mim, eles não irão muito longe. Se Deus quiser isso não acarretará problemas para ninguém.

- Sim. - apenas respondo.

Era algo simples, de certa forma, um grupo de pessoas que queriam acabar com a monarquia. "Muito simples não é?". Irônizo para mim mesma.

CONTINUA...




PARECE QUE AS COISAS COMEÇARAM A ESQUENTAR. ESPERO QUE GOSTEM E DEIXEM AS ESTRELINHAS... AGUARDEM... OS PRÓXIMOS CAPÍTULO TERÃO MAIS NOVIDADES!!

Bjinhoss 😙

Uma Coroa em Minha Vida    [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora