PVD Camila
O meu primeiro dia na Itália resume-se a roncos, sonhos bizarros de Alejandro e Clara casando-se e um pouco de baba no travesseiro, ainda não havia me acostumado com o fuso horário e dormi o dia inteiro. No dia seguinte, no entanto, estava bem descansada e pronta para começar a operação "TERREMOTO", esse foi o nome que dei ao meu plano de tornar a estadia dos Jauregui na Itália um verdadeiro inferno.
Eu observava Ally decorar seu quarto com cortinas, vasos de flores e um monte de frescurinhas cor de rosa. A lembrança de Lauren Jauregui me provocando ao me chamar de "fracote e pirralha", só aumentava a minha certeza de que eu precisava afastar os Jauregui da vida de Alejandro, pois jamais poderia aceitar uma sujeitinha daquela como irmã.
Quando me sentei na cama de Ally-fofolete, sabia que seria difícil colocar em prática todos os meus planos e eu precisaria de ajuda, alguém em quem pudesse confiar e Ally era a minha única amiga, porém, eu teria que ser muito persuasiva para convencê-la.
– Ally, você me ama? – perguntei com minha melhor cara de cachorrinho abandonado.
Ally, que arrastava um puff rosa pelo quarto, parou e me encarou confusa. Ela se aproximou, sentou-se ao meu lado e segurou minhas mãos carinhosamente.
– Olha, Mila, eu não sou preconceituosa, mas eu não levo jeito para ser lésbica. Além disso, somos primas.
Arregalei os olhos. – Ally sabe da minha condição, e da minha opção sexual.
– Não estou falando desse tipo de amor, sua Fofolete! Estou perguntando se me ama como amiga! – Disse irritada.
Não era a primeira vez que alguém insinuava algo sobre a minha sexualidade, e isso me chateava bastante, porque eu não fico por aí de amasso com um monte de mulheres babacas, não significa que eu irei dar em cima da primeira que aparecer.
– Ufa, que alívio! – Falou ela sorrindo. – Você sabe que é minha priminha favorita, te amo de montão.
– Eu preciso da sua ajuda. É importante! Por favor, me diga sim, me diga sim! Você promete? – Eu implorei a ela.
– Prometo! – Ela disse, e eu sorri. A louca tava caindo direitinho.
– Preciso da sua ajuda pra tornar a vida dos Jauregui impossível, quero enlouquecê-los até eles perceberem que nunca seremos uma droga de família. Então, Alejandro não casará com a mosca morta da Sinu e o meu pesadelo acaba. Topa? – Coloquei tudo de uma vez pra fora, já temendo sua reação.
O sorriso de Ally sumiu dando lugar a uma carranca de mandona que eu já bem conhecia.
– Mila, isso é muito egoísta... – Nesse momento tapei os ouvidos, mesmo assim Ally continuou com seu discurso que, graças a Deus, não estava entendendo nada além de um som confuso e sem nexo.
– Tirei as mãos do ouvido para verificar se ela já havia encerrado seu discurso moralista. – Eles não podem ser tão ruins quanto você imagina, tem que dar uma chance as pessoas de...– Tapei os ouvidos novamente. Mas ela não cedeu e continuou:
– PORRA, CHEGA ALLY! – Já não suportando, gritei.
Ela me encarou e seu lábio inferior começou a tremer, ela fez uma cara de quem ia começar chorar. Fala sério!
– Desculpa Ally, é que eu não estou mesmo a fim de ouvir seu discurso agora, eu preciso de sua ajuda e não de sua aprovação. Você sabe que mesmo que você não tope ser minha parceira nessa operação, eu não vou desistir. – Eu estava falando sério.
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Camila Problema X Lauren Solução
FanfictionNão é fácil ter 17 anos, principalmente quando você não se encaixa em lugar algum, quando não sabe se ainda é uma menina ou se já é uma mulher. Minha mãe, Sinu, em seus últimos dias de vida, lutando contra a leucemia, sempre dizia: para todo problem...