Capítulo 7 - Jake

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O último telefonema que eu esperava receber em um sábado de manhã era de Nathalie, senti o nervosismo em sua voz, quando escutei seu choro foi como se alguém tivesse me dado um soco no estômago, por sorte eu estava na rua, larguei meu compromisso e parti em direção a ela – foda eu largaria qualquer coisa se ela me chamasse – cheguei ao apartamento dela em tempo recorde, ela morava no apartamento que era de Ash, então estávamos muito próximos um do outro, no elevador mandei uma mensagem cancelando meus compromissos daquela manhã, eu resolveria isso depois.

Quando bati na porta ela me recebeu chorando e praticamente se jogou nos meus braços – droga se não era a melhor sensação do mundo – tê-la ali, tão frágil em meus braços fazia meus instintos gritarem tão alto que eu quase poderia escuta-los. Ela estava uma bagunça emocional, quando me contou o que tinha acontecido minha vontade era de arrancar a maldita cabeça daquele ladrão para fora do seu corpo inútil, eu odiava violência, mas ela parecia tão machucada que fez meu peito doer.

Analisei seu corpo com cuidado, queria ter certeza de que ela não estava ferida e então ela me contou o motivo de todo o trauma – droga eu não sabia que poderia ficar com tanta raiva assim – a única vontade que tive foi de beijá-la, eu queria que ela soubesse que eu estava ali, porém mais uma vez ela me cortou. Sério quando foi que me tornei essa bagunça carente? Eu não me reconhecia mais.

Passei o dia com ela que fez nosso almoço, por uns momentos me peguei pensando como seria uma vida com ela, comida caseira, conversas descontraídas – eu precisava de uma bebida – mais tarde paguei o mico do ano, a convidei para sair e acabei dormindo no sofá ao lado do cachorro, eu merecia um prêmio de melhor babaca, a melhor parte foi sentir sua perna embaixo da minha cabeça, sua pele macia. Quando acordei vi que ela estava linda, com um vestido que a deixava tão sexy – inferno eu já estava tendo pensamentos muitos impróprios e ela só estava dormindo – carreguei ela para o quarto e a deitei na cama, eu queria vesti-la adequadamente, mas temi que ela me expulsasse. Eu não podia deixá-la sozinha, então quando a vi adormecer novamente fui ao meu apartamento para trocar de roupa e voltei, acabei passando a noite no quarto de hóspedes.

Até que não dormi mal, sabendo que ela estava segura no quarto próximo ao meu me deixou estranhamente relaxado, acordei cedo e fui comprar algo para o café, apesar de que vê-la na cozinha era extremamente tentador e sexy pra caralho eu preferia que ela descansasse.

A acordei e saí com Pickles para dar uma volta, quando cheguei novamente, ela já tinha arrumado toda a mesa e tomamos nosso café juntos, depois de arrumarmos a cozinha eu não me segurei, as palavras de Clary gritavam na minha cabeça ‘Temos que nos arriscar’. E foi isso que fiz, nos beijamos tão intensamente, ela me correspondeu na mesma medida, quando dei por mim ela estava sentada na bancada da cozinha com as pernas na minha cintura – sexy pra caralho – interrompi nosso beijo antes que avançasse rápido demais, sorrimos, ela tinha o sorriso mais lindo que eu já vi, era tão sincero que me envolvia completamente.

Eu tinha um compromisso na hora do almoço então saí sorrindo com o apelido que ela me deu Shrek, sério que ela me chamou de Ogro? Bem pelo menos o cara teve um final feliz, decidi ali que iria correr atrás do meu.

Passei no meu apartamento e mandei uma mensagem para Clara, íamos nos encontrar para almoçar, ela não entendeu direito porque desmarquei com ela ontem, mas ela não era mulher de questionar, então não tive que dar muitas explicações. Como sempre ficamos de nos encontrar no nosso restaurante italiano favorito.

Alguns minutos depois de chegar ao restaurante, Clara entrou e veio sorrindo na minha direção, levantei e fui cumprimentá-la.

– Linda como sempre. – Beijei seu rosto puxei sua cadeira.

Outro Olhar (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora