Capítulo 9

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Bom dia Minhas Lindas!!!

O Capítulo de hoje está enorrrrmeeeee!!!

Praticamente o dobro do que costumo postar. Pensei em dividir em duas partes, mas no final achei melhor deixar do jeitinho que está.

Beijos no <3

Liv











Malu

Max recua dois passos e me encara com os olhos arregalados, ele passa a mão diversas vezes no cabelo e no rosto, gesto que só demonstra como ele está nervoso e angustiado. Meu coração acelera, e a vontade de desmentir que perdi o bebê me bate com tudo. Odeio ainda amá-lo tanto assim, mas preciso me recompor e não voltar atrás na minha decisão, então apenas continuo olhando para ele, tentando transmitir frieza com o meu olhar, mesmo que por dentro esteja me sentindo destruída.

—Malu, você... você... Porra! Você perdeu o nosso filho?

Nosso? Agora é nosso? Até onde eu sei ele poderia ser de qualquer um. Ele poderia ser até do Bento. Mas se você precisa que eu repita, eu repito, eu perdi o "meu" bebê. — Digo dando ênfase no meu. Ele dá um passo na minha direção, eu conheço esse caminhar, ele vai tentar me abraçar. Levanto a palma da mão direita e digo: —Nem pense nisso, não ouse chegar perto de mim.

Ele para e me olha como se eu tivesse lhe dado um tapa no rosto. —Malu, por favor. Deixa eu te abraçar, eu sei que eu disse palavras horríveis para você, e que você tem toda razão de estar com essa raiva toda de mim, mas por favor, deixa eu te abraçar.

Meus olhos começam a marejar, e tudo o que mais quero no mundo é estar em seus braços, mas eu não posso. Tenho que me manter firme.

Sem que eu espere, ele avança em minha direção e me toma nos seus braços. Luto para sair do seu aperto, mas acabo cedendo, me permitindo estar ali uma última vez, no lugar que sempre me passou tanta segurança. Me permito sentir seu cheiro único, a suavidade do seu toque e o calor do seu corpo. Sinto sua respiração pesada no meu pescoço, e logo após ele distribui alguns beijos suaves ali. Eu não posso me entregar, eu não posso estar com alguém que desconfia de mim e que pode tirar o meu bebê dos meus braços. Eu preciso colocar o meu filho como prioridade, então deixo os meus sentimentos de lado e o empurro.

—Agora que você sabe que não existe mais criança nenhuma, por favor saia da minha casa, nós não temos mais nada para conversar.

—Como não? E tudo o que nós vivemos?

—O que vivemos você destruiu com as suas mentiras, desconfianças e acusações. O que você pensou Max? Que eu iria ficar correndo atrás de você? Implorando pelo seu amor? Eu te amei muito, te daria a minha vida se fosse preciso, mas você conseguiu esmagar tudo o que eu sentia aqui dentro. _ Grito e bato com força no lugar onde fica o meu coração

—Porra, Malu! Você me deixa desnorteado.

Eu respiro fundo para me acalmar e continuo. —O que nós vivemos significou muito para mim, Max. Mais do que eu gostaria. Mas isso não importa mais, porque a partir do momento que você mentiu para mim e me chamou de puta interesseira, um abismo se formou entre nós, e agora é muito tarde para tentar voltar atrás. Então eu peço, se um dia você sentiu alguma coisa boa por mim, saia da minha vida de uma vez por todas e me deixe em paz. — Ele não diz nada, apenas me encara com um misto de emoções em seus olhos, vira as costas e sai pela porta.

Caminhos Traçados - Retirado em 11/02Onde histórias criam vida. Descubra agora