Capítulo 11

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E então meninas, tudo pronto para conhecer o nosso mocinho?

Se preparem... porque o capítulo de hoje está 🔥🔥🔥🔥🔥

Beijos no <3





Guilherme

Coloco uma blusa azul, calça jeans e tênis, borrifo um pouco de perfume e ajeito meu cabelo, olho no espelho e gosto do que vejo, estou pronto para ir à caça. As mulheres dizem que pareço um Deus grego, alto, cabelo loiro escuro, olhos azuis e corpo sarado. Isso me faz pegar muita mulher, fora a minha conta bancária claro, pois se tem algo que chama a atenção das mulheres é um homem bonito com uma conta bancária generosa. Já perdi as contas de quantas mulheres acharam que iam me prender, umas se faziam de santas, outras achavam que iam me oferecer algo inédito na cama, mas no fim eram todas iguais.

Pego as chaves do carro e saio do local que apelidei carinhosamente de "abatedouro". Meus amigos dizem que sou louco por manter uma cobertura de frente para a praia só para comer mulher, mas o que eles não entendem é que eu jamais levaria uma qualquer para debaixo do mesmo teto que minha mãe e meu pai. Posso ter muitos defeitos, podem me chamar de muitas coisas, mas se tem algo que nunca vão poder falar é que não respeito os meus pais.

Tenho um amor sem fim pela Dona Marta e pelo Sr. Luiz, são meus exemples de vida, caráter e julgamento. Há muito tempo atrás eu pensava que queria ter um relacionamento igual ao deles, cheio de amor, carinho e companheirismo, mas com o passar do tempo percebi que o que o meu pai encontrou na minha mãe é coisa de um em um milhão, e que o amor é para poucos. E agora, enquanto curto a minha solteirice, percebi que não quero estar amarrado a alguém tão cedo. Para falar a verdade acho que nunca vou querer. Não quero ter que dar satisfação a ninguém, muito menos comer a mesma mulher todos os dias. Para que me prender a uma se posso ter todas? Esse é o meu lema.

Enquanto espero o elevador envio uma mensagem aos meus amigos para me encontrarem na boate mais luxuosa da região. Hoje quero curtir a noite inteira, beber e sair de lá com uma mulher bem gostosa para me saciar. Isso é o que eu digo a mim mesmo enquanto entro no elevador, mas a verdade é que quero me entorpecer e esquecer o que me aguarda amanhã, o dia que meu irmão estará de volta à cidade, mas propriamente à nossa casa.

Não consigo dormir direito desde o dia que cheguei em casa e minha mãe estava eufórica para me contar sobre a volta dele. Só consigo pensar naquela maldita noite a anos atrás, naquela maldita boate, e em tudo o que aconteceu depois. Mas não tenho mais como fugir, esse reencontro já foi adiado por muito tempo, e chegou a hora de encarar o passado de frente.

Mas isso será amanhã, porque hoje é uma outra história.

Quando estou chegando no meu carro, no estacionamento do prédio, meu telefone começa a tocar, o pego do bolso, olho o visor e atendo. —Boa noite, Dona Marta.

—Meu filho, onde você está? Posso saber onde o senhor se meteu? Você sabe muito bem que seu irmão chega essa madrugada, e que eu quero você aqui para que possamos tomar o café da manhã juntos como há muito tempo não fazemos. — Ela está nervosa, e como de costume fala sem parar. Quando ela fica assim, ansiosa, ninguém a segura.

—Eu não vou dormir em casa hoje, mãe. — Ela já ia começar a falar quando eu a corto. —Mas antes que comece o sermão, fica tranquila que estarei aí para o café da manhã como a senhora deseja. Só tente não enfartar até lá, porque do jeito que está nervosa, não duvido nada que caia durinha aí. — Digo e dou uma gargalhada, porque já imagino a cara que ela está fazendo.

Caminhos Traçados - Retirado em 11/02Onde histórias criam vida. Descubra agora