Natasha
Ser a filha do presidente. Não pense que por ter esse rótulo você vive sempre feliz.
Não é tão bom assim, ser privada de muitas coisas e não ter uma vida social. Passei dezoito anos da minha vida trancada dentro de casa. Não conheço um simples ser vivente que trabalha para o meu pai! Tirando os que ficam na nossa casa.
Ver o sol? Na varanda do meu quarto. Tomar um ar? Na varanda do meu quarto. Aulas? Com professores particulares. Amigos? Alguns dos meus vinte seguranças e Maria, a camareira.
Que tipo de vida era essa que eu tinha?
Meu sonho sempre foi sair dali e cursar em uma faculdade de direito, mas nem mesmo isso eu tinha o direito de fazer. O senhor Presidente sempre me privou de tudo, eu nunca nem fui à suas comitivas presidenciais, nunca viajei com ele. Sempre em casa.
Meu pai sempre teve um medo de me deixar sair, como se algo o perturbarsse ao cogitar essa ideia.
E a única coisa que eu podia fazer, era aceitar. Porém, eu iria mudar isso! Nem que eu tivesse que apelar para a ajuda da minha mãe a convencê-lo de que eu posso sobreviver sozinha lá fora.
ㅡ Por favor, mãe! - Supliquei.
ㅡ Natasha, não! Seu pai nunca concordaria com isso! - Ela negou.- Fazer faculdade?!
ㅡ Mas, mãe. Se a senhora pedir, ele irá aceitar! Ele não resiste ao seu charme.- Afirmei.- Faz isso por mim, por favor! - Implorei juntando as duas mãos em petição.
ㅡ Minha filha, eu posso até conversar com ele.- Eu sorri.- Mas você sabe que isso não irá funcionar, e mesmo que ele deixe, como sabe se será aceita em uma faculdade? - Ela indagou. Eu sorri mais ainda.
ㅡ Isso não será um problema, dona Laura.- Pego minha carta de recomendação na gaveta da cômoda e mostrei para minha mãe a grande palavra estampada lá.
APROVADA.
ㅡ Natasha Sherwood, você se inscreveu em uma faculdade sem me consultar?! - Minha mãe quase gritou e eu tive que tampar a sua boca para que ninguém a escutasse.
ㅡ Também não precisa gritar.- Reclamei.- Eu sabia que se pedisse, a senhora não deixaria. E mesmo se deixasse, demoraria para pedir a autorização do meu pai e mais ainda para sair daqui!
ㅡ Quem te ajudou? - Perguntou.
ㅡ Maria. Mas ela não tem nada a ver com isso.- Expliquei de imediato.- Ela não faria nada se eu não tivesse insistido tanto.
ㅡ Natasha...- Mamãe disse em um tom de repreensão. Ela respirou fundo, procurando paciência.- Tudo bem, eu falo com o Connor.
ㅡ Ah, obrigada mãe! - Exclamei feliz, dando pulinhos e beijando o rosto dela.
ㅡ Mas se ele não permitir, não venha reclamar comigo depois. Você está avisada.- Minha mãe me alertou e eu assenti.
Poucos minutos depois, meu pai chegou em casa. O cumprimentei com um beijo na bochecha e subi para o meu quarto. Deixaria os dois conversarem sozinhos, comigo ali não seria tão fácil.
Deitei na minha cama e ali fiquei.
Alguns minutos se passaram e é ouvi alguém bater na porta do quarto, rapidamente puxei o cobertor e me virei.
ㅡ Connor, ela já deve estar dormindo! Você conversa com ela amanhã.- Ouvi minha mãe dizer. Em resposta, meu pai abriu a porta.
ㅡ Natasha.- Ele me chamou, mas não respondi e continuei a fingir que dormia.- Natasha, minha flor.- Ele se sentou na cama e acariciou minha cabeça, então abri os olhos e fiz a minha melhor cara de sono.
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Missão: A filha do presidente.
RomanceNatasha sofre grandes dificuldades por ser a filha do presidente. Ela não tem uma vida ruim, mas também não tem liberdade nenhuma. Seu sonho sempre foi fazer faculdade de direito, mas seu pai nunca a deixou sair de casa e o mundo não sabe como é o s...