•R E D G R E Y - V•

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Ver, sangrar

Não poder ser ensinado

Em troca, você está nos fazendo

Malditos hostis

Malditos hostis

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Há momentos que apenas pensamos como uma garotinha que aparentemente parecia tão pequena e frágil que carrega o mundo nas costas

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Há momentos que apenas pensamos como uma garotinha que aparentemente parecia tão pequena e frágil que carrega o mundo nas costas. Essa era eu quando pequena.

Acompanho os passos lentos de minha mãe até à mesa do café da manhã, ajudo a se sentar e vou até a cadeira á sua frente me sento e olho ela pegar uma fatia de torrada.

– Oque houve ontem? – levo o copo de suco até minha boca. Realmente preciso saber, não para alimentar minha curiosidade, mas sustentar meu vício de ódio.

– Red querida, seu pai mais uma vez me castigou sem precisão – ela diz passando geleia em sua torrada. Os olhos dela não parecem tristes, mas sim brilhantes.

– Todas as vezes que ele bate em você sempre é a mesma desculpa, quero saber o motivo real por esse ato? – olho fixamente para ela. As cores azuis e intensas dos meus olhos podem ficar azuis acinzentados quando estou com raiva, pode ser um dos motivos que as minhas vítimas sentem tanto medo.

– Eu… pedi o divórcio. – ela olha para mim – Ele não aceitou e resolveu me castigar… começou a puxar meu cabelo até que fiquei ajoelhada aos seus pés, ele esmurrou meu rosto até que saísse segue.

– Não preciso de mais detalhes, vamos providenciar isso. – Pego uma xícara de café e tomo para aliviar o nervosismo.

Não senti firmeza nas palavras de minha mãe, mesmo com tanto peso nas costas carregadas por muitos anos, essa afirmação não me pareceu certa.

Percorro o caminho até meu quarto sentindo um vazio interior, está na hora de me satisfazer.

Não aguento mais ver minha mãe apanhando dele como uma presa indefesa, essa briga já não é mais dela é minha agora e ele vai pagar por todos esses anos que minha mãe sofreu ela é a única pessoa que amo e é a  única pessoa que vou amar.

Batom VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora