Capítulo 11

7.5K 519 27
                                    

Acordou no dia seguinte com alguém batendo insistentemente na porta, olhou para o relógio e eram 10h04. Levantou cambaleando, com dificuldade e abriu a porta.

– Bom dia, posso entrar? – perguntou Guilherme na porta.

– Claro, senhor – falou ela dando espaço.

– Legal seu pijama – falou ele olhando para a roupa dela.

Quando ela percebeu, estava só de blusinha e calcinha. Correu para o banheiro e colocou um roupão, quando voltou para o quarto ele estava sentado na cama, mexendo no celular.

– Desculpe, eu acordei agora.

– Sem problemas. Daniela, só vim lhe dizer que vamos fazer isso só nesse final de semana, não precisarei mais dos seus serviços na semana que vem.

– O senhor está me demitindo?

– Não, claro que não – ele pareceu assustado

– Eu estou só terminando esse nosso negócio, sabe... – ele parecia confuso por um momento.

Ela se sentou na cama, do lado dele, parecia que ele estava indefeso, mas aquilo durou só por um minuto. O olhar frio de sempre voltou e ele se levantou.

– Enfim, vim dizer que não precisa mais se preocupar com isso.

– Eu sinto muito pelas coisas que eu disse ont...

– Não precisa se desculpar, – interrompeu ele – não teremos mais esse problema.

Ao dizer isso levantou e saiu pela porta, antes de fecha-la novamente falou:

– Esteja pronta para o almoço as 11h50.

– Ok, senhor.

Aquilo com certeza foi estranho, mas como tinha planejado durante a bebedeira do dia anterior, ela precisava conseguir deixar esse romance, ele já tinha deixado claro os termos, e o problema todo era ela com esperança e uma paixão que não tinha sentido.

Ele é grosseiro, arrogante e egoísta, e ficar brava com isso não vai resolver nada. Ou eu aceito o acordo ou recuso, simples assim. Ficar com essa história de sofrimento por ele não prestar atenção em mim não fazia sentido, ele é chefe, ele não é marido ou namorado de verdade. O acordo não envolve sentimento, envolve somente um relacionamento na frente de outras pessoas e por um curto período, simples assim.

Quando deu o horário ela já estava arrumada, pronta para a arrasar com os investidores novamente. Sabia que precisavam parecer um casal apaixonado, muito feliz, para que essa farsa continuasse. Depois disso não precisariam ver esses investidores por um bom tempo, e até lá, um relacionamento normal poderia ter acabado.

Ela saiu do quarto e bateu discretamente na porta do chefe, já estava 3 minutos atrasados para o horário que eles tinham combinado. Ele abriu a porta secando o cabelo, sem camisa. Ela se lembrou novamente daquela noite que eles se amassaram na cama do quarto de hospedes da casa dele.

– Pode entrar.

– Desculpe, senhor. Não quis atrapalhar.

– Daniela, é bom você acostumar a me chamar de Guilherme fora da firma e de senhor dentro da firma – disse ele com tom de deboche.

– Claro, senh... digo, Guilherme.

– Só vou colocar uma camisa e estou pronto – falou abotoando a camisa e cobrindo o peito perfeito que estava de fora.

Estavam na festa de noivado, foi típica festa americana, em com mesas com guarda-sol azul marinho. Todos os enfeites eram azul marinho com creme, lindo.

O casamento sob contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora