𝟎𝟒

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Lia Davis

Meu Deus, eu não tinha me lembrado que ele viria hoje me buscar. Talvez as bebidas de ontem à noite tenham me feito esquecer. Ontem, Eduarda e eu decidimos ir a um barzinho perto de casa. Tudo estava indo bem, conversávamos e ríamos bastante. Foi então que vi meu professor sentado em uma mesa com uma loira muito linda. Meu coração disparou e fiquei morrendo de curiosidade para saber quem ela era. Será que era sua namorada ou esposa? Essa dúvida estava me consumindo. Não consegui mais me segurar e fui até a mesa para cumprimentá-los.

Quando cheguei, ele sorriu e me apresentou a loira. Para minha surpresa e grande alívio, descobri que ela era sua irmã. Me senti tão aliviada ao saber disso! Pelo menos isso significava que ele não tinha esposa, ou pelo menos é o que eu acho.

Depois de terminar de me arrumar, fui até a sala. Quando entrei, lá estava ele, o bonitão, olhando as minhas fotos de infância que estavam sobre a mesinha. O contraste entre aquele homem tão elegante e as fotos antigas e inocentes me fez sorrir.

— O que está fazendo? — perguntei, tentando esconder o sorriso.

Ele pareceu um pouco surpreso e imediatamente tentou arrumar a gravata, colocando minha foto de volta no lugar com cuidado.

— Desculpe, não pude me conter... — disse ele, com um leve tom de desculpas na voz.

A cena era engraçada, quase cômica, mas eu não queria que ele se sentisse desconfortável. Então, sorri e disse de maneira leve:

— Sem problemas, Senhor Mikaelson...

Ele olhou para mim, com um sorriso tranquilo, mas insistente.

— Me chame de Elijah, por favor...

— Tudo bem, Elijah — respondi, tentando esconder a empolgação que sentia ao usar seu nome. Senti que um sorriso sincero se formava em meus lábios, e ele devolveu o sorriso, o que fez meu coração bater um pouco mais rápido.

— Vamos então, senhorita Davis? — ele perguntou, oferecendo-me o braço de uma maneira tão cavalheiresca que parecia saída de um filme antigo.

— Vamos, e por favor, me chame apenas de Lia — falei, piscando para ele de um jeito brincalhão.

Elijah riu e retribuiu a piscadela com um sorriso caloroso. Aceitei o braço que ele me oferecia. Saímos juntos dali.

Fomos até o carro, e ele, todo cavalheiro, abriu a porta para mim. Entrei sorrindo, impressionada com sua gentileza. Quando ele deu a volta e entrou no carro, começamos a conversar sobre as coisas da vida. A conversa fluiu de forma natural e agradável. Perguntei de onde ele era e se tinha gostado da nova cidade. Ele respondeu que sim, que estava gostando muito. Aproveitei para contar um pouco sobre mim, minhas experiências e o que eu gostava de fazer. Ele escutava com atenção, e eu sentia que havia uma conexão se formando. Era raro encontrar alguém tão interessado e tão fácil de conversar. O tempo passou rapidamente, e antes que eu percebesse, já estávamos chegando à faculdade.

Assim que estacionamos, percebi os olhares de alguns alunos sobre nós. Era inevitável notar a curiosidade e as suposições que faziam. Alguns pareciam pensar que havia algo entre nós, o que, sinceramente, não seria uma má ideia. Enquanto caminhávamos em direção ao prédio principal, avistei Eduarda. Seu olhar de surpresa foi impagável. Seus olhos se arregalaram ao nos ver juntos, claramente sem entender nada. A expressão dela era de confusão, misturada com um toque de divertimento.

Entrei no prédio, e, como eu esperava, Eduarda veio correndo em minha direção. Ela não podia esperar para me perguntar o que estava acontecendo, claramente curiosa sobre o fato de eu estar chegando com aquele pedaço de mal caminho, como ela costumava dizer.

𝐓𝐡𝐞 𝐎𝐫𝐢𝐠𝐢𝐧𝐚𝐥𝐬 - DαrkηєssOnde histórias criam vida. Descubra agora