Send Me Something ↪️ SEMI

XXI - "Just give me your fuckin' heart, Daddy!"

Um sorriso sádico porém fraco se espalhou pelos lábios fortemente avermelhados enquanto via aquela vida se esvaindo perante aos seus olhos sedentos pela morte de sua presa.

Seu demônio interno se acalmou ao notar que a máquina de batimentos cardíacos havia parado de apitar. Fazendo aquele bipe maravilhoso, e mostrando somente uma linha em sua tela esverdeada. Mais um dia, mais uma morte. Cantarolou a psicopata enquanto fitava os olhos opacos e sem vida de sua vítima. Só Deus sabia quantos já haviam perecido na mão do Diabo nesses meses, mas isso não incomodava nem um pouco a morena. Na verdade gostava daquela maldita atração que os policiais tinham por sua cabeça, era extremamente sensual para aquele ser sem coração ser caçada em quase todos os estados.

— O que posso fazer agora?! — indagou a si mesma com a faca sangrenta entre os lábios enquanto fitava sua obra de arte com orgulho. O homem na mesa de metal havia sido esfaqueado inúmeras vezes no tórax e abdômen. — Você ficou num estado péssimo, garotão!

Geralmente a mulher não costumava ser tão bagunceira com suas mortes desde o assassinato de Taylor. Mas quando necessitava descontar a ira, ela não se controlava. E ao ver o sangue correndo de cada ferimento aberto, uma sensação de satisfação brotou em seu corpo, lhe animando, trazendo vida.

Devonne cantarolou a música aleatória que explodia de seu rádio enquanto brincava com o canivete borboleta entre seus dedos. Passando a lâmina contra o sangue que escorria do corpo sem vida, sujando mais ainda suas mãos com o líquido carmesim, sorrindo com a sensação gostosa que aquilo lhe trazia.

"Sabe, acho que já está na hora de me livrar dele.", a mente doentia trabalhava em maneiras criativas de como se livrar daquele peso morto em seu esconderijo. "Quem sabe um bom e velho machado possa me ajudar.", sorriu ao ver a arma em exposição na parede próxima a si. Como Devonne amava aquele objeto. E rapidamente se livrou do canivete para pegar o machado.

A Lovato agarrou o cabo de madeira gasto, enquanto passava a ponta do dedo pela lâmina afiada, sentindo a pele abrir devido ao pequeno corte que fazia em si mesma. Sorriu, aquela era a arma perfeita para o serviço. E Devonne impulsionou o machado para trás, mas antes de atingir o corpo com força, um alarme lhe interrompeu em seu momento sagrado, maldito seja aquele barulhinho dos infernos!

— Volto depois, precisamos terminar esse assunto! —  rosnou irritada, já baixando a arma e jogando-a no chão  e tentou limpar todo o sangue de suas mãos pecadoras. Não queria fazê-lo, gostava do líquido rubro pintando sua pele alva. E se pudesse, sujaria seu corpo com o sangue do energúmeno que lhe suspendeu de seu momento de prazer sanguinário. E ao fitar a pessoa que havia tocada a campainha, Devonne rosnou arisca, iria esganar aquele bendito entregador de pizza. E com um falso sorriso bondoso abriu a porta.

— Boa tarde senhora, aqui está sua pizza. — o menino abriu a porta e ficou embasbacado com a beleza da morena. Que sorriu falsamente enquanto fitava o menor com seu ódio incubado entro de seu ser. A mesma rapidamente tirou o dinheiro do bolso já o entregando. Esperando que o mesmo se mandasse antes que mais um assassinato ocorresse.

O mesmo lhe entregou a pizza juntamente de um pequeno papelzinho, e quando Devonne o fitou reparou que havia um número de telefone e uma cantada barata, e com seu melhor olhar assassino, entregou o papel para o moleque, pouco se importando com o pequenino pingo de sangue tingindo o papel branco, e com força esmurrou a porta.

— Garoto imbecil. — sussurrou enquanto caminhava em direção ao cômodo mais especial do casarão onde morava. E assim que chegou no local mal iluminado, Devonne deixou a pizza numa mesinha próxima a porta, e em curtos passos se aproximou do corpo jogado naquela cama mal arrumada. Sorrindo com ternura, beijou-lhe os lábios gélidos e rachados enquanto acariciava a pele levemente pálida. Buscando alguma reação daquele pessoa frágil e quase inútil.