CRER É O CAMINHO

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-Te encontrei! - Brenda exclamou em alegria me ajudando a levantar

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-Te encontrei! - Brenda exclamou em alegria me ajudando a levantar.

Sua pulseira estava nos pauzinhos vermelhos e a minha nos amarelos, precisávamos nos recompor antes de continuar.

-Que bom que você está bem. - afaguei seu ombro respirando aliviada.

-Eu achei que ia ser eliminada, mas você sabe - tocou o peito - dentro de todo mundo há um instinto primitivo que nos força a sobreviver.

-Poético. - ri.

Caminhei com dificuldade pois, por mais que os espasmos do choque tenham passado, atrevessar o portal foi um salto e tanto.

-Que lugar é esse? - perguntei.

Pisávamos em pedras pequeninas, a mata era densa e nos dava pouca visibilidade do caminho a frente, o clima era quente e úmido e foi preciso tirar meu casaco e amarrá-lo na cintura.

-Parece Samir. Eu acho que eles nos transportam para outras dimensões, porque essa é idêntica a Samir.

-Brenda, isso é mau.

-Eu sei. - Brenda suspirou enrolando o dedo nos fios negros que caiam em seus ombros pelo rabo de cavalo lateral - Estou com fome.

-Você não comeu?

-Comi, mas...

-Magia de Samir. - dissemos juntas.

Samir era uma pequena dimensão paralela a Terra. Nós aprendemos isso na aula de geografia em Mang Hale (acredite se quiser). As únicas formas de entrar em Samir é com mais de um Caçador abrindo o portal de outra dimensão ou em uma das três fendas que existem na Terra, um na Amazônia, um em algum lugar de Madagascar e o outro em Aokigahara, no Japão (onde pouquíssimas pessoas conseguiram passar). Estávamos bem preocupadas pois Samir parecia um belo cenário de uma fotografia em alta definição a olhos nus, cheia de folhagens, frutos, arbustos, o único porém era que tudo, absolutamente tudo era venenoso.

Brenda e eu sabíamos dos riscos de uma mera frutinha, se fosse só isso estava ótimo, mas como toda desgraça é pouca, Samir havia sido amaldiçoada há várias eras atrás. Diz a lenda que Samir seria a promessa de um deus emergente a povos que o cultuassem, tão breve ocorreu tudo que nunca se soube o nome do deus. Os crentes proferiram mentiras em nome de seu deus e causaram mortes e dor pelo caminho. Diz-se que o deus ficou tão frustrado e amargurado com a maldade humana que para todos aqueles que foram contra suas promessas usando de seu nome para o mal viveriam eternamente em Samir, e transformou seus frutos em veneno, seu ar em um potente instigador de fome e os seus pseudo-crentes em Errantes, criaturas espelhadas em sua própria maldade. Cada vez que os Errantes comerem um fruto de Samir eles experimentarão a dor do mundo, e para nós que caímos de paraquedas, a morte.

A MALDIÇÃO (O Ritual #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora