GERMES

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Sumimos um tempo, estivemos muito atarefados e a história impacou. Mas está tudo certo.

Boa leitura!

A sensação vertiginosa passou por breves segundos, os dedos enfeitados com anéis seguravam uma torre de xadrez na metade do movimento, assustada eu dei um pulo e vi que eu quem segurava a peça

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A sensação vertiginosa passou por breves segundos, os dedos enfeitados com anéis seguravam uma torre de xadrez na metade do movimento, assustada eu dei um pulo e vi que eu quem segurava a peça. Contemplei meus novos dedos, as unhas perfeitamente aparadas e limpas com anéis delicados, as roupas outrora floridas era agora um belo vestido cor de vinho de tecido pesado.

-Está tudo bem? - alguém disse.

-Eu... - levantei a vista ainda confusa, a lareira estava acesa próximo a mesa onde eu estava sentada emanando um calor acolhedor - Não sei, eu...

-Filha, se estiver cansada pode se deitar, não precisa ficar só para me fazer companhia. - a voz continuou, me chamou de filha, mas não era a voz de meu pai.

Foquei em minha frente, era ele, o homem das visões de minha mãe, agora um pouco mais velho, a mandíbula mais angulosa e a testa com leves linhas de expressão, mas seus olhos eram do azul mais vivo que nunca, quase envidraçados.

Eu ia dizer algo, perguntar quem ele era realmente, qual sua ligação com minha mãe, se era realmente meu pai por mais estranho que isso soasse, mas minha cabeça doeu e um tinido quase explodiu meus ouvidos.

-Oi. - Ashley me deu um abraço acalorado, demorei alguns segundos até me destravar e me render.

-Oi. - respondi retardada, percebendo que mais que um abraço, Ashley aparara meu corpo.

-Que belos olhos. - ela observou sorrindo.

-Obrigada. - agradeci sem jeito.

-Lembram muito os de Sebas...

-Muito familiares, porém nunca vistos, jamais igualados. - Ashley interrompeu Agnes com certa censura.

-Quem? - sondei curiosa ainda meio tonta.

-Ninguém não, minha mãe está velha. - Ashley balançou as mãos no ar fazendo sua aliança peculiar me chamar a atenção. Ela deve ter notado pois estendeu a mão mostrando-a - Meu filho gênio quem fez nosso par de alianças da renovação de votos.

-Uau, - admirei, a aliança na verdade era feita por pequenos caules trançados e segurava uma bela pedra azulada em cima - Andrew eu não sabia que podia fazer isso.

-Eu não sou o filho gênio. - ele deu de ombros se divertindo.

-Então... - logo me veio Oliver a cabeça, mas Toby pareceu ter ouvido algo.

Ainda abalada com a visão e alerta, levantei a barra do vestido tocando o punho da faca presa em minha coxa pronta para qualquer coisa. Andrew deslizou os dedos em minha mão afastando-a da faca com um sorrisinho, todos olharam para os armários da cozinha, uma batida surda se ouviu novamente e uma das portas se entreabriu, Toby balançou as sobrancelhas e atirou uma das uvas da fruteira ao seu lado na ilha da cozinha onde supôs ter ouvido o barulho. A porta se entreabriu e recolheu rapidamente como se algo houvesse esbarrado sem querer, ele se aproximou e segurou o puxador, assim que abrisse ficaria nítido para nós, mas não havia nada além de potes de frutas secas, pastas e geléias.

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⏰ Última atualização: Jan 30, 2022 ⏰

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A MALDIÇÃO (O Ritual #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora