Capítulo 2

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Só voltei a mim quando já estava no chão com os braços de Victor a minha volta. Ele havia me empurrado. Meu ouvido zunia da explosão. Olhei para os lados e todos estavam se recuperando, exceto Christian que estava em pé a nossa frente olhando através da janela serio.

Ele ficou louco?

- Tire isso Luke e eu vou fazer fumaça dele. – Christian disse entre os dentes.

Espera, Luke podia tirar as algemas?

Luke o olhou assim como eu o achando louco.

- nem pensar. – ele respondeu.

- Christian seu desgraçado. Venha lutar comigo como homem! – o homem de fogo gritou de fora.

Christian trincou ainda mais os dentes.

- eu não vou fugir. Apenas me deixe mata-lo. – ele pediu como se fosse à coisa mais normal do mundo.

- não seja doente! Você não vai mata-lo. Afinal, o que você fez para esse homem? – falei enquanto Victor e eu nos levantávamos.

Outro estrondo aconteceu ao lado.

- ele não consegue saber onde exatamente você está, mas sabe que esta aqui? Como isso funciona? – John perguntou indignado.

Christian respirou fundo, impaciente.

- uma coisa de cada vez. O caso é que eu quis o poder da mulher dele e não o dele. Ele deve ter ficado ofendido. – fingiu pensar. - E ele não sente a minha presença em si, ele sente a nossa. Interligada. Não fixa em uma, mas em três.

- tem como você ser mais horrível? – perguntei chocada. Ele me lançou um sorriso convencido.

Sim, tem. Conclui.

Outro estrondo e gritos, agora mais longe.

- vocês podem, por favor, decidir o que fazer? – John perguntou irritado.

- John, você e Christian pode distrai-lo enquanto tiramos as pessoas daqui. – Victor respondeu.

- é mais fácil eu tirar as pessoas daqui, já que sou mais rápido. – John retrucou.

- Tira-las para levar aonde? – Luke interferiu.

- apenas isole essa área. Há uma porta a frente, podemos arrasta-lo para fora. – digo convicta. Eles me olharam pensativos e depois assentiram. Virei para Victor. – Você o ajuda a retirar os outros.

Ele concordou me dando um leve beijo nos lábios antes de sumir pela janela com John.

- não acredito que vou ter que servir de isca. – Christian murmurou irritado.

- é o mínimo que você pode fazer por ser um... – não consegui terminar a frase, interrompida por outro estrondo mais perto.

- vamos. – Luke ordenou pegando Christian pelo braço.

Eu o segui.

Do lado de fora estava um caos. Maquinas de comida, mesas e cadeiras pegavam fogo. No meio do lugar praticamente vazio estava o homem parado olhando para os lados, antes que ele pudesse de ele se virar para nós olhei para trás onde era a entrada. Victor e John empurravam as pessoas para fora e empilhavam cadeiras como uma barreira na frente da abertura da porta larga, para que não ultrapassassem.

Voltei a encarar o homem com olhos em chamas (na verdade tudo nele parecia em chamas para mim) á nossa frente. Ele olhou para Christian ao nosso meio e depois nos olhou curioso.

Visões de um amanhã (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora