Invitation

Lágrimas

(Lilly narrando)

Acordei no outro dia e ainda estava com a mesma roupa de ontem. Naquela noite eu voltei com o Dylan pra casa, eu realmente não tinha condições de voltar pra casa sozinha. Eu estava com uma uma forte dor de cabeça, eu estava bem ressacada da noite anterior. Me levantei tomei um banho e troquei de roupa ainda bem que era domingo, eu não iria conseguir ir pra escola assim. Estava no meu quarto e Elise abriu a porta:

–Oi Lilly!

–Oi Lise–eu falo e ela se senta do meu lado na cama.

–Como você tá depois de ontem?

–Olha eu tô com uma dor de cabeça que meu Deus! Eu não lembro de nada de ontem, só que o Corbyn me contou um segredo depois disso eu não lembro de nada.

–É que ele já tentou se suicidar...–ela fala com um olhar melancólico.

–Que?! Elise como você sabe?

–Lilly você me contou, e eu contei pra outra pessoa e a notícia se espalhou e todo mundo tá sabendo. Lilly desculpa é tudo culpa minha, desculpa...–Ela começa a chorar e me abraça.

–Não acredito–uma lágrima cai pelo meu rosto–É tudo culpa minha. TUDO. Elise não é culpa sua, olha pra mim–falo desprendendo do abraço–A culpa é minha, toda minha, eu não devia ter feito isso eu sou uma idiota. Agora ele não vai mais olhar na minha cara e tudo por minha causa–ela me abraça de novo e eu enterro a minha cara em seu ombro e choro, choro muito.

–Lilly olha, calma–ela desprende do abraço e enxuga uma lágrima minha–Que tal a gente sair pra um lugar calmo pra esfriar a cabeça?

–Tá, pode ser–dou um sorriso fraco e enxugo uma lágrima. Nós saímos de casa e fomos andando até um parque que não era muito longe.

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Chegamos lá sentamos na grama e ficamos lá tentando se acalmar um pouco.

–Lilly eu vou pegar uma garrafa d'água eu volto já.

Ela sai eu fico lá olhando simplesmente pro nada e pensando em tudo que tinha acontecido, na besteira que eu tinha feito, e em Corbyn, ele não ia mas olhar na minha cara. Eu nem tinha percebido mas Corbyn estava lá também sentando no mesmo lugar só que um pouco mais distante de mim. Então ele percebe que eu estava lá e se levanta e sai mas aí eu chamo ele: 

–Corbyn–ele para e vira–Corbyn por favor me escuta...

–Escutar o que de você? Não acha que já estragou a minha vida o bastante não? Eu não tenho nada pra falar com você–ele fala é uma lágrima cai pelo meu rosto.

–Corbyn, por favor...–eu o puxo pelo braço–Eu te amo. Eu não quis fazer isso.

–Ah não quis, então foi o que vai dizer que foi um clone seu!

–Desculpa–eu começo a chorar e ele larga seu braço e vai embora.

–Lilly, o que aconteceu? –Elise chega.

–O Corbyn tava aqui, eu tentei conversar com ele e não deu certo. É melhor eu ir pra casa, chega por hoje.

Elise e eu voltamos pra casa ela me deixou e depois ela foi pra casa dela. Eu cheguei subi até meu quarto me joguei na cama e chorei, era a única coisa que eu sabia fazer naquele momento.

(Corbyn narrando)

Eu cheguei em casa com mais raiva do que eu já tava e triste também, eu não queria brigar com ela. Desde que eu cheguei ela tem sido uma pessoa muito boa pra mim, mas ela vacilou muito comigo. Se os meus sentimentos por ela já estavam confusos imagina agora...

Eu subi pro meu quarto, sentei na cama e peguei meu celular e uma mensagem chegou pra mim, e era de quem justo quem? Andrew.

(Mensagem de Andrew pra Corbyn)

Andrew: E aí babaca? Como tá a vida? Ah esqueci! deve estar ruim mesmo né pra você tentar se matar...

Corbyn: Você não tem mais nada pra fazer não né pra ficar cuidando da vida dos outros? A sua vida deve ser bem péssima né pelo visto!

Andrew: A minha? Tem certeza? Eu não tentei me matar. Ah você vai tentar suicídio outra vez ou não? Porque pelo que eu sei a sua amiguinha contou pra todo mundo. Ninguém te suporta Corbyn, e nem ela.

(Corbyn off)

Desliguei o celular e comecei a chorar. Andrew tinha razão, ela não gostava de mim mesmo. Os únicos amigos que eu tinha de verdade era os meninos da banda, eu não conseguia confiar mais em ninguém ao não ser eles. Aquele dia estava sendo um dos piores dias da minha vida.