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National City.

~ Kara Danvers

Ferrada.

Esse era a única certeza que eu tinha, depois de acordar atrasada para a minha entrevista de emprego.

Levanto da cama às pressas e como estava sem tempo, apenas me possibilito a tomar uma ducha e colocar as roupas que já tinha deixado separadas. "Pelo menos isso, Kara." Havia pensando em fazer uma maquiagem e ficar o mais apresentável possível, mas só da tempo de passar um lápis de olho. Isso vai ter que bastar.
Durante meu caminho até o meu destino, fico divagando e chego à conclusão de que "talvez", a minha grande ideia de comemorar o retorno sobre a minha entrevista, não tenha sido tão grande agora.

Algumas horas atrás.

"Contei para Alex, minha irmã mais velha, assim que desliguei o telefone, no qual uma moça simpática havia me dado a melhor notícia nos últimos tempos. Então, como era de se esperar, minha querida irmã me arrastou para um bar que há perto da delegacia onde ela trabalha. Ela alegou que deveríamos comemorar, pois não era todo dia que passamos para a segunda etapa de uma seleção, de um cargo super disputado."

Bom, agora eu estou oficialmente atrasada para a entrevista. Pego a chave do carro, minha bolsa e tranco o apartamento. Segundo o Waze, a rota é de doze minutos. "Droga. Preciso lembrar de matar a Alex por isso."

Durante meu trajeto, coloco uma musica para tentar relaxar e me acalmar, já que estou uma pilha de nervos. Bem, não é para menos, né? Não que fosse minha primeira entrevista, pois eu havia trabalhado como assistente para a grande e renomada Cat Grant, na revista CatCo. Mas quando ela teve que sair para assumir uma filial em Londres, não demoraram muito para me dispensarem. Segundo as palavras de James Olsen, o substituto, "Aquela era uma empresa altamente conhecida em todo o mundo e tinha que zela pela imagem da revista. E não poderia admitir que uma criança que possui uma vida atordoada, sujar o nome CatCo."
Atordoada. Estava nítido que ele se referia ao meu antigo relacionamento, que acabou dando o maior bafafá e foi manchete em nossa rival, Cadmus Magazine. "Assistente da CatCo é flagrada aos berros no restaurante L'Alouette, com sua suposta companheira."

Só de me lembrar de tudo o que havia acontecido naquela noite, aperto o volante do carro com tanta raiva, que se eu fosse parente do Superman, tinha esmagado-o nesse momento.

Entretida a pensamentos e recordações, mal noto o tempo passar e me deparo já na frente ao meu destino. E nesse momento, me bate um alívio de ter conseguido chegar, no entanto lembro que agora estou mais atrasada ainda. Então entrou no estacionamento e entrego a chaves ao manobrista e entro no prédio.
Durante meu caminho, tento me lembrar qual era o andar que eu deveria ir, já que no momento da ligação estava tão eufórica que não prestei a atenção nas falas seguintes da mulher. "Parabéns, Kara, nem parece que você deseja tanto esse emprego." Por fim, me arrisco a tentar o décimo quinto andar. "Acho que pode ser esse mesmo. Lembro vagamente que tinha alguma com cinco ou talvez sete? Droga."

A porta se abre no referido andar, mostrando um corredor com varias portas e algumas com indicativos de "Sala de Reunião - Funcionários", "Sala de Reunião - Acionistas", "Sala de Conferência". Mais à frente vejo a única porta entreaberta e iluminada e por isso decido ir até lá para ver se alguém pode me ajudar. Enquanto vou chegando mais próxima a porta, escuto uma voz feminina meio alterada, aparentemente ela estava questionando alguém a respeito de um projeto.

Nesse momento olho para o relógio e já marcava 09:17 a.m. "Puta que pariu, eu deveria me apresentar as 09:00. Provavelmente eu já devo ter perdido minha chances. Não tenho nem mais coragem de me apresentar, depois de tanto tempo de atraso. O que vão pensar? No mínimo que sou uma irresponsável, pois é o que eu estou achando agora." Penso.

Quando decido dar meia volta e sair daquele corredor, antes que alguém me veja. Um homem sai totalmente desnorteado daquela mesma sala e acaba trombando em mim. Ajudo-o a pegar as papeladas que estavam espalhadas e ele sussurra um "obrigado". E logo atrás dele ouço aquela mesma voz feminina em um tom mais irritado, se é que era possível. "Mas que diabos está acontecendo aqui? Sr. Mathews vejo que além da desordem referente ao novo projeto, você decidiu fazer o mesmo com os corredores da empresa." O mesmo engole seco e se desculpa, saindo disparado para o elevador, mal dando tempo daquela mulher ser mais um pouco rude.

Quando finalmente meu olhar é direcionado aquela pessoa extremamente grossa. Agora era minha vez de engolir seco. A mulher tinha por volta de 1,70 de altura, vestida em uma saia lápis na cor preta e saltos na mesma cor, vestindo uma camisa em tom gelo. Seus cabelos extremamente pretos e uma pele extremamente branca, tudo naquela mulher era extremo, incluindo seus olhos verdes e sua boca bem desenhada em um tom vermelho vivo. "Ok, Kara, fala alguma coisa, sua tapada, pare de comer essa mulher com os olhos antes que ela te mate."

Quando eu abro a boca para pronunciar algo, a mesma o faz primeiro.

- Bom, se já terminou de me analisar. Você poderia fazer a gentileza de me explicar o que faz aqui? Quem é você? - ela diz em um tom arrogante.

- Me d-desculpe pela indelicadeza Sra, mas me chamo Kara Danvers e estou aqui para participar da segunda etapa da seleção, referente a vaga de gerente de marketing. - digo tudo sem ao menos respirar de tanto nervosismo.

- Oh sim, minha assistente Jess, me informou sobre isso. - ela sorri de lado e eu acabo sorrindo de volta involuntariamente. - mas ainda não entendi, o que a Srta faz nesse andar.

- É... bem... eu acabei me perdendo e n-não achei a Jess.- isso, ainda bem que ela falou sobre a moça que me ligou, porque o número do andar não era a única informação que eu havia me esquecido. Parabéns, Kara, parabéns. Torço mentalmente para que ela acredite que eu me perdi.

- Bem, de qualquer forma eu estava participando de uma reunião e não poderia ter lhe atendido antes. Enfim, vamos para minha sala para podermos realizar sua entrevista. Ah e prazer Srta Danvers, sou a Lena Luthor, CEO da empresa. - ela me estende a mão e eu não sei se eu grito e me estapeio por ser tanto lezada ou se saiu correndo agora. Como assim minha entrevista seria com ela? E como assim ela é a Lena Luthor? Senhor, me ajude, eu nunca te pedi nada.

Passando em minha frente, nos guiando até o elevador. Foi inevitável não reparar naquela mulher desfilando a pouco metros de mim e acabo deixando meus pensamentos nada apropriados tomarem conta de mim, me deixando corada quando ela da uma olhada por cima dos ombros. Quando finalmente chegamos ao elevador, eu entrei logo após ela e a mesma apertou o botão referente vigésimo sétimo andar. "Ah lá, eu sabia que tinha sete." Pensei comigo e acabei soltando um risinho. O que não passou despercebido pela Sra Luthor, pois revirou os olhos ao me ouvir.

Foram segundos agonizantes, que pareciam mais horas, uma eternidade pra falar a verdade, dentro daquele elevador. Mas quando estávamos quase chegando ao andar escolhido, olhei para o reflexo da porta e lá estava ela, mordendo o lábio inferior enquanto tinha o olhar preso em minhas coxas.

"Então quer dizer que a Sra Luthor estupidamente arrogante e gostosa, joga no mesmo time que eu? Interessante."

~•~

Boa noite meninx.
Espero que gostem.
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(Me sentindo YouTuber) 😂

😘

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⏰ Última atualização: Jul 17, 2018 ⏰

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CEO | SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora