Capítulo Dez

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Durante anos seu coração havia resistido sem fraquejar aos golpes mais certeiros da realidade cotidiana, e agora sabendo de toda a verdade, desmoronou. As lágrimas banhavam seu rosto, passando pelos lábios e Anahí sentia aquele gosto salgado, produto de uma dor profunda. Ninguém fazia ideia da imensidão dessa dor que habitava em seu coração.

A porta se abriu quebrando o silêncio e Christian apareceu com a cara amassada. Seu olhar foi imediatamente direcionado a cama e então ele fechou a cara.

- Alguém pode me explicar quem é esse moreno gostoso e o que ele faz abraçado a minha diva loira?

- Anahí fez um showzinho particular no meio da rua. – Dulce respondeu rapidamente, pegou o controle e ligou a televisão – É isso que está acontecendo Christian Chávez. Onde esteve que não viu nada?

Boquiaberto ele olhou para a televisão, não sabia se ria ou chorava de nervoso. Mirou a loira completamente abalada, fragilizada e seu coração apertou. Quem a machucou tanto? Sílvia? O moreno gostoso? Dulce Maria?

- Desliga essa tv agora! – Alfonso ordenou tentando manter a calma.

- O culpado disso tudo é você! – a ruiva acusou-o – Jamais deveria ter permitido que viesse falar com ela. Eu tentei ajudar e olha o problemão que nos arrumou.

- CALE-SE! – Anahí gritou e todos a olharam assustados – Não ouse mencionar mais nada! Christian, por favor, providencie a carta de demissão de Dulce.

- Como é? Você não pode fazer isso! – Dulce Maria disse histérica. Anahí com certeza não estava bem da cabeça para tomar essa decisão.

- Não só posso como vou. – a loira falou a encarando friamente - E se te serve de consolo, o Alex está demitido também. Agora dê meia volta e saiam daqui.

- Anahí vamos conversar, não há necessidade de medidas drásticas. – Alex tentou amenizar. Anahí o olhou cinicamente.

- Se continuarem reclamando terão que pagar a estadia de vocês aqui no hotel.

Dulce bufou, bateu o pé e retirou-se com Alex do quarto. Christian cruzou os braços e encarou Anahí e Alfonso.

- Pare de olhar com essa cara de assassino do parque Christian! – Anahí murmurou – Ele é o Alfonso.

Agora estavam esclarecidas algumas coisas, e mesmo a curiosidade gritando para saber o que exatamente aconteceu naquela manhã, Christian julgou correto retirar-se. Talvez mais tarde Anahí decidisse lhe contar tudo detalhadamente, pois ele não daria ouvidos a imprensa sensacionalista e mentirosa.

- Acho que estou sobrando aqui. – falou sorrindo amarelo.

- Eu vou cuidar dela, não se preocupe. – Alfonso falou tranquilizando-o.

- Eu sei. Ninguém melhor do que você para fazer isso.

Durante o restante da manhã Alfonso não saiu de seu lado. O almoço foi servido para dois, ali no quarto. Anahí mal tocou na comida, o que preocupou o moreno. Ele insistiu, mas ela se negou a comer. Por volta das três horas da tarde entregaram no quarto um lanche regado de tacos, burritos, nachos, enchilladas e suco de tamarindo. Anahí saboreou a deliciosa culinária mexicana que a fez lembrar-se da infância e adolescência.

- Acredito que deva reconsiderar a demissão de Dulce. – ele falou calmamente enquanto tomava um gole do suco e Anahí fechou a cara, cruzou os braços emburrada. O moreno podia jurar que a filha estava ali a sua frente. Sorriu meneando a cabeça. – Ela falou da boca para fora, pelo calor do momento. Está perdida, com receio do que a mídia vai pensar sobre você porque esse é o trabalho dela, cuidar da sua imagem perante a imprensa. Você precisa dela, e ela de você.

- Ok, mas não quero pensar nisso agora. Temos coisas mais importantes para tratar. – ela falou e lhe lançou um olhar coberto de luxúria.

- Tem certeza? – ele indagou arqueando uma sobrancelha.

- Cala a boca e me beija. – ela falou rapidamente. Alfonso a olhou sem entender aquela mudança repentina de comportamento.

Como Alfonso não esboçava uma reação, Anahí avançou sobre ele derrubando o copo que segurava ao chão. Sentou-se sobre seu colo e o beijou provocativamente, mordiscando seus lábios. Alfonso correspondeu a altura, apertando-a na cintura. Sem preocupar-se com os botões, arrancou a camisa dele. Passou as unhas por todo o peitoral do moreno que se arrepiou. Apesar de um pouco assustado com a ousadia dela, Alfonso estava adorando aquela mulher selvagem sobre si. Deixaria que ela o guiasse e satisfaria todas as suas fantasias mais obscuras.

Com agilidade, Anahí abriu a cinta e logo em seguida o botão da calça, o volume entre as pernas do moreno era evidente. Levou as mãos sobre o membro dele, o apertou delicadamente, e mordiscou o queixo dele provocativamente.

Alfonso estava angustiado, desejando que Anahí o livrasse logo daquela tensão que se instalava cada vez mais entre suas pernas. Para ajuda-la, ergueu um pouco o quadril e a loira livrou-se da calça dele, deixando-a em seus tornozelos. Anahí então se levantou do colo dele, ajoelhou em frente a Alfonso, afastou as pernas e sorriu lasciva enquanto admirava o volume. Passou a língua sobre os lábios provocando-o e Alfonso engoliu em seco. Durante anos teve sonhos eróticos com ela onde a loira o fazia ir aos céus com um boquete delicioso e agora ela estava ali de joelhos a sua frente prestes a tornar aquele sonho realidade.

Anahí segurou com as duas mãos a barra da cueca, aproximou o rosto da ereção do moreno e tocou seus lábios ali, sobre a cueca. O gemido de Alfonso ecoou pelo quarto. Anahí o encarou, sem tirar os lábios do tecido e delicadamente roçou os dentes. Alfonso estremeceu e gemeu alto.

- Oh céus Anahí! – ele murmurou ofegante – Pretende me matar antes que eu possa te pedir em casamento?

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