Epílogo

867 74 27
                                        


Anahí irradiava felicidade ao lado da família. A imprensa foi à loucura com o casamento no civil e religioso repentino da popstar. Com o apoio de Alfonso e Luna, a loira revelou toda a sua história, desde o momento que Alfonso entrou em sua vida e os pais fizeram dela um inferno.

Sílvia foi presa por roubo de menor, fraude e muitas coisas mais que aos poucos foram sendo descobertas. Foi condenada a quarenta e seis anos de prisão, sem direito a fiança. E dentro da penitenciária feminina teve de aprender a conviver com a ira de colegas de cela que acompanhavam a carreira de Anahí. Volta e meia a mulher aparecia com cicatrizes pelo corpo na enfermaria. Pouco a pouco pagava por todos os crimes e pela dor que causou a própria filha.

Para comemorar a nova vida, Anahí mudou o visual da água para o vinho, literalmente. Abandonou o loiro platinado e deixou as madeixas em um loiro mais escuro, próximo a cor natural. A família Puente Herrera mudou-se para Miami, mais precisamente na mansão de Anahí.

Luna estava radiante, sempre que podia acompanhava a mãe em seus compromissos. A menina era amada pelos fãs, tanto que até ganhou um fã-clube. E Anahí adorava tê-la por perto. A filha era agora sua confidente, seu braço direito. E foi a ela que a loira confiou um segredo que muito em breve revelariam a Alfonso. Aguardariam até o aniversário dele, em agosto, para dar um presente muito especial.

Porém nem tudo saiu como combinado, já que alguém resolveu dar o ar da graça. Anahí ensaiava naquela tarde para a nova tour quando sentiu um mal estar e desmaiou. Alfonso assustou-se e imediatamente a levou para o hospital. Havia alguns dias que desconfiava que a esposa não estivesse bem, pois comia pouco e, vez por outra, acabava tendo náuseas após comer forçadamente.

Sentados em um dos sofás do hospital, Luna observava o pai andar de um lado para outro preocupado.

- Está demorando demais, será que aconteceu alguma coisa? – ele perguntou preocupado. Luna tinha um pequeno sorriso no rosto, se estava assim agora imagine quando recebesse a notícia.

- Papai relaxa, são exames de rotina. – a menina falou tentando acalmá-lo. Se o pai continuasse a andar de um lado para o outro, furaria o chão - Logo chama a gente, se acalma.

O moreno passou as mãos sobre o rosto, sentou no sofá e logo se levantou angustiado. Luna meneou a cabeça e segurou o riso. A menina estava tão ou mais ansiosa que o pai para saber os resultados. Apesar de estar ciente, temia por ter algum inconveniente com aquele ser tão amado e especial que estava por vir.

A médica apareceu na porta sorridente, Alfonso quase a derrubou quando foi até ela. Fez inúmeras perguntas, uma atrás da outra. Luna gargalhou alto, e se conteve quando o pai a olhou bravo.

- Você tem algum cardiologista disponível no momento? – Luna indagou para a médica - Alguém aqui vai precisar.

- Temos a melhor cardiologista, e caso seu pai tenha um infarto em minha sala, não hesitarei em chamá-la. – respondeu a médica compreendendo o trocadilho da menina.

Alfonso invadiu a sala e viu Anahí sobre a maca, seminua. Ele assustou-se e foi até ela, segurou sua mão.

- Você está bem? Dói alguma coisa?

Anahí sorriu. Ele conseguia ficar mais lindo todo preocupado e atencioso.

- Nós estamos bem amor. Se acalme que eu vou precisar do meu marido vivo. – Anahí falou calmamente - Presta atenção nessa tela de computador para você ver algo, ou melhor, alguém que quer muito te conhecer.

Poucos segundos depois a sala foi invadida por fortes batidas de coração. Alfonso cambaleou, e olhou para Anahí com os olhos mareados.

- É isso aí papai, teremos trabalho em dobro esse ano. 

Maktub - MiniOnde histórias criam vida. Descubra agora