- Anahí minha querida! – a voz estridente soou pelos corredores da mansão, ou Casa Rosa, como os fãs conheciam.
Por ter uma grande semelhança com a Barbie e sempre ser comparada a boneca, Anahí optou em pintar a casa de rosa. O que inicialmente era para ser uma brincadeira com os fãs, tornou-se uma marca registrada da popstar.
- O que essa mulher está fazendo aqui? – A loira perguntou trincando os dentes e fechou a cara. A mulher adentrou o quarto como se estivesse desfilando e fez pose – Mas que inferno, será que pode ao menos um dia me deixar em paz?
- Querida eu sei que nessa época você fica mal por causa daquela bastardinha. – falou cinicamente – Por isso vim aqui prestar minha solidariedade, afinal a criaturinha era minha neta.
Anahí a fuzilou com o olhar, cerrou as mãos em punho e se não fosse Dulce segurá-la, Sílvia estaria com um belo olho roxo.
- Some da minha casa.
- Essa casa também é minha meu docinho.
- Esse docinho azedou há anos. – rebateu - Essa casa é MINHA! Portanto, junte seus trapos fora de moda e rua!
- Vou relevar porque está depressiva. – Sílvia disse sem dar muita importância - Talvez eu deva fazer outra viagem até você se acalmar.
- Eu vou me acalmar o dia que você morrer! – Anahí exclamou raivosa.
Sílvia encarou Anahí furiosa, foi até a filha e lhe deu um tapa, deixando o rosto da loira marcado. Dulce soltou a amiga e deu dois passos para trás. Agora não impediria Anahí de espancar aquela aspirante a socialite fútil. Conforme Anahí dava passos em sua direção, Sílvia andava para trás e mantinha as mãos em frente ao corpo, aguardando um golpe de Anahí.
Ao ver que a mãe bateu contra a parede, a loira sorriu. Aproximou-se, apoiou as mãos na parede, uma de cada lado da cabeça de Sílvia. Não sujaria suas mãos com algo tão repugnante como aquela pessoa a sua frente.
- Você tem vinte e quatro horas pra deixar a minha casa ou todos saberão da "mamãe perfeita" que eu tenho. – disse fazendo aspas com as mãos quando falou mamãe perfeita. – Posso te garantir que nunca mais sairá pelas ruas, ou terá privilégios nas suas viagens.
- Anahí você vai se atrasar. – Dulce falou com voz monótona.
- Eu já estou indo. – disse e deu dois passos para trás – Serei informada quando deixar a mansão. Vou viver a minha vida e tentar ser feliz.
- Anahí o avião sai em trinta minutos.
- Eles não partirão sem mim Dulce, relaxe.
- Não fui informada desse show. – Sílvia falou levando a mão ao queixo.
- Isso não lhe diz respeito. – a loira falou com um sorriso vitorioso - Quem cuida da minha carreira, conta bancária e demais assuntos relacionados, é a Dulce, Christian e Alex.
- Você não tem esse direito! – a megera resmungou inconformada.
Anahí deu as costas a ela, pegou a bolsa sobre a cama e saiu, deixando Sílvia possessa. A melhor decisão que havia tomado em sua vida fora afastar Sílvia de sua vida, carreira.
Desceu as escadas ouvindo Sílvia cacarejar algo com alguém ao telefone, parecia histérica. Encarou Alex segurando um saco preto.
- Foi o melhor que consegui. – ele se defendeu antes que ela visse o conteúdo.
- Espero que tenha sido algo realmente útil porque a última, além da alergia terrível, me fez ser descoberta assim que pisei em solo brasileiro.
A dupla riu, contagiando Christian que aguardava encostado no carro.
- Ah, foi engraçado! Oi Anahí, me dá um autografo? Gostei da peruca! – Dulce falou imitando voz de criança – Aquela menina devia ter o que? Seis, sete anos? – a ruiva gargalhou acompanhada de Christian e Alex.
Anahí acompanhou o trio na gargalhada, abriu o saco e gargalhou ainda mais.
- Uma peruca ruiva? Onde está o seu senso de criatividade Alex?
- Corte channel, ultima tendência. – ele disse imitando uma voz afeminada e Anahí rolou os olhos – Foi o melhor que encontrei. E além do mais, eu amo ruivas.
- Sem pegação, por favor. Chris e eu não somos obrigadas a presenciar isso.
Durante o percurso até o aeroporto a loira trocou de roupa, aderindo ao disfarce escolhido por Alex. Em alguns casos, ela era obrigada a fazer uso de disfarces para ter um pouco de privacidade durante as viagens em voos que não eram privados. E as comissárias de bordo entravam na brincadeira e até inventavam nomes fictícios para a loira. Anahí ria alto, estava feliz, sentia-se plena, leve.
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Maktub - Mini
FanfictionEles se apaixonaram quando adolescentes e, juntos, viveram os melhores meses de suas vidas. E do nada a vida de ambos virou de pernas para o ar. Alfonso teve de se adaptar a sua nova realidade e Anahí a uma vida de superstar. Um amor adormecido repl...