Cap. 14

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Mari

Numa cidade com 12mm de habitantes, qual é a probabilidade de você encontrar com alguém conhecido dentro de um restaurante no centro da cidade? Me diz?
A menos que isso fosse uma novela, pq na vida real este tipo de coisa não acontece.

Ergui a taça para cumprimentá-los, me levantei, coloquei uma nota na mesa para pagar as bebidas:

- Mãe vamos, rápido. Garçom, por favor, cancele os nossos pedidos.

Quando finalmente minha mãe se levantou o Diogo já estava na minha frente.

- Boa tarde Sra. Como vai? Mari não é o que você está pensando.

- Diogo, eu não estou pensando nada e por favor, não faça uma cena.. não sou da laia que vc está acostumado e tenho horror a escândalo.
Mãe vamos?!

- Então a Sra deve ser a minha sogra, já estava ancioso para conhecer a Sra.

- Então a Sra deve ser a minha sogra, já estava ancioso para conhecer a Sra

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A essa altura minha mãe já estava toda derretida, que vira casaca e ele lá mostrando aqueles 530 dentes perfeitos para ela.

Assim que ele percebeu que já tinha ganhado a "sogra", ativou o modo homem das cavernas, foi quando ele me puxou pela mão, até a mesa que a tal Fabi permanecia com aquele ar de deboche.. sabe uma risadinha no canto da boca? Aff que ódio. Ridícula.

- Então Fabi, como eu estava dizendo, na verdade eu dei sim uma sumida, pq estou namorando. Essa é a Mari, Mari esta é a Fabi, apenas uma amiga.

Diogo

Nesse momento a Fabi levantou e deu um tapa de mão cheia na minha cara e saiu correndo do restaurante.
Entre levar um tapa na cara e perder a Mari, fico com o tapa.
Eu fui ali pra tentar resolver a situação da forma mais
honesta possível. Infelizmente nem tudo sai como a gente planeja.
Se eu deixo minha gata ir embora, daria muito trabalho, ela se afastaria, não me atenderia, e eu não tenho saco nem disposição pra este
tipo de situação.
Foda foi a mãe dela ali assistindo tudo de camarote, mas nada que eu não consiga reverter.

De volta à mesa em que elas estavam:

- Sra peço desculpas pelo transtorno, como a Sra deve ter notado, eu estava apenas informando aquela moça que estava namorando e que não nos encontraríamos mais, por isso o tapa.
Meu nome é Diogo e sou o namorado da sua filha.

- Fica tranquilo filho, essas coisas acontecem o tempo todo.
Que bom gosto minha filha tem. Parabéns Mari, ótima escolha, o seu namorado é lindo.

Nesse momento o queixo da Mari já estava arrastando no chão.

- Garçon, por favor, o cardápio.

Acreditem, vocês ou não, o almoço correu na mais perfeita paz, com direito a sobremesa
compartilhada e tudo.

Então pra você que está aí lendo e babando em mim, o Diogão aqui está fora das pistas, agora sou um homem comprometido.

Paguei a conta e me despedi.

- Meninas foi um prazer, mas o dever me chama, tenho uma reunião
em 20 min.

- Vai sim meu filho, vamos marcar um jantar lá em casa.

Beijei a mão de ambas e voltei ao trabalho.

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