Cap. 23

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Mãe da Mari

Os dias foram passando, não houve necessidade da Mari passar por nova cirurgia, o coágulo se desfez,  ela passou quase dez dias no coma induzido, porém ela não voltou. A minha filha, tão linda, tão forte e cheia de vida, permanece em
estado vegetativo agora num coma de verdade.

Segundo os médicos, não há razão lógica para que ela esteja assim, tudo indica que ela está fora de perigo já, há chances de sequela, mas risco de morte não mais.

Para mim como mãe só resta orar, e agradecer pelos ótimos amigos que ela tem, não houve um dia que a Ana e o Diogo não viessem aqui após o trabalho. Estamos unidos em oração, eu sei que a Mari sairá desta.

Diogo

- Oi gata, sou eu o seu delício. Viu só, eu te falei que moto não era perigoso, o perigo é ser imprudente.
Abre os olhos e diz pra mim o que vc estava fazendo que capotou aquele carro? Caraleo nunca tinha dado uma raladinha e quando bateu deu logo uma PT.. rs.. essa é minha garota...

- Oi gostosa, sou eu de novo o Diogo, hoje eu vim pois sinto que você vai abrir seus lindos olhos pra mim. Pra mim viu, aquele idiota do seu ex tá aí também hoje, que velho hein.. Kkk..  vc tava mais pra geriatra do que pra noiva..

- Mari, eu trouxe flores pra você, hoje estamos completando dois meses de namoro é um dia muito
especial pra gente.
Obrigado por me aguentar falando na sua orelha dia após dia, durante todo este tempo. Vc tem sido uma ótima ouvinte.

Os dias foram passando, até que um dia meu pai vendo a minha situação me chamou para uma conversa, me disse que lamentava pela situação da moça, mas que eu precisava seguir com a minha vida, naquela altura eu já tinha até abandonado minha pós, só para ir todos os dias naquele hospital, enfim na opinião dele a minha vida precisava seguir.

- Pai eu não consigo. Não foi esse o exemplo que eu tive dentro de casa com você. Lembram quando a mamãe adoeceu? Você abandonou ela por quê ela estava careca?
Não me peça pra ser um homem pior que vc!

- Você tem razão meu filho, você está certo. Me desculpe.

Ana

O tempo foi passando e nós ali naquele hospital, todos os dias tentávamos fazer ela reagiar, eu fui perdendo o contato com o Alê, já que ele trabalhava à noite e eu saia do trabalho direto para o hospital.

O problema era um só, eu já não sabia se estava indo ali exclusivamente por causa da Mari, ou se um pouco também era pelo meu encontro diário com o Diogo.

Sinto que estou me apaixonando pelo namorado da minha melhor amiga...

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