Cap. 13

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Mari

De volta à SP, apesar do cansaço e da correria estou em débito com a minha mãe, venho numa sequência de viagens desde Barretos e não nos vimos mais. Liguei pra ela ontem a noite e marcamos de almoçar juntas hoje na região da Paulista, pq fica perto do trabalho de ambas.
Passado os momentos difíceis, consegui ajudá-la a realizar seu maior sonho, hj ela é proprietária de um café na região da Consolação, trabalha mais do que deveria para o meu gosto, mas ela está tão realizada que eu já me sinto feliz por ela.
Também quero aproveitar pra contar sobre o Diogo, conselho de mãe vale ouro.

E a dificuldade de me concentrar tá como hj?
Fui num cliente, levei documentação errada, as lembranças dos momentos vividos neste final de semana não me dão um minuto de trégua.😍

Diogo

Tive que fazer um esforço sobrenatural pra sair da cama hoje cedo, acabei demorando mais tempo que o previsto no retorno do RJ, pq a Mari tem medo então vim
mais na manha.
Meu primeiro pensamento assim que eu acordei foi na gata, minha barraca já armou na hora, não deu outra, tive que tocar uma logo cedo, e já parti pro escritório, não fui na sexta, deixei algumas coisas pendentes lá.

Por volta de umas 10hs, toca meu ramal e pra minha surpresa era Fabi.
A Fabi é o seguinte, eu fico com ela eventualmente, quando a gente se cruza no bar, em alguma balada ou quando preciso de companhia para algum jantar de negócios, mas nunca formalizamos nada sério, mas sei que ela gosta de mim.

- Diogo.

- Bom dia Diogo.

- Fabi, aconteceu alguma coisa para vc me ligar aqui? Tá tudo bem?

- Aconteceu sim, estou te ligando e mandando mensagem há 15 dias e nada, nenhuma resposta, vácuo total. Acho que precisamos conversar.

- Eu sei, me desculpa. Vamos sim.
Me diz quando vc pode?
Eu precisava colocar um ponto final naquilo ali, ela é bacana e não tenho mais a intenção de sair com ela outra vez mesmo.

- Hj Diogo. Sabe aquele lugar que vc almoçou comigo, aqui perto da empresa? Pode ser lá ás 13hs.

- Fechado, até mais.

Só o que me resta é encarar a missão, e é bom que seja logo, pq pretendo ir com a Mari no bar do Alê, e a Fabi é frequentadora do lugar tb.. assim não fica nenhum climão no ar.

Cheguei uns 10min. atrasado a Fabi já estava na mesa com uma cara não muito boa. Fizemos o pedido e
começamos a conversar:

- Diogo, o que tá pegando com você?

- Porra Fabi, eu tava viajando, muito trabalho, muita correria.

- Você sumiu, poxa sei que não somos namorados, mas ficamos direto, custa dar sinal de vida de vez em quando?

- Então Fabi, é que na verdade...

(Como explicar, sem magoar? Segurei na mão dela que estava em cima da mesa, como um toque de gentileza, pra mim estava claro que ela não era a mulher que eu queria pra mim).

Enquanto eu procurava as palavras certas, bato o olho numa mesa próximo a nós e pra minha surpresa a Mari me encarava, ela estava acompanhada de outra mulher e apenas ergueu a taça de água, como quem diz, parabéns.
A Fabi, se ligou na hora e fingindo naturalidade repousou a outra mão sob a minha dispensando ali carinhos da minha mão até meu braço.

TESÃO (Tb Disponível na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora