[1] {Scarlett} red

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Estava de noite, eu estou correndo, correndo para o mais longe de casa que eu conseguir. Nunca fui boa o bastante em geografia para saber em que cidade eu estava, mas eu tinha certeza que não era no país onde eu nasci. Meu pai nunca me acharia aqui, eu mudei o meu cabelo para ruivo, por mais que eu sempre quis ser morena. Se meu pai me visse nunca acharia que sou eu, emagreci muito e por algum motivo meus olhos ficaram mais claro, acho que a natureza (ou Deus) também não queria que minha família me encontra-se.

Eu precisava achar um lugar para ficar, não dava mais ficar andando de trem, por mais que o dinheiro estava longe de acabar.

Continue seguindo em frente até avistar uma casa, era grande, não tão grande quanto minha antiga casa, meu pai era rico então morávamos numa casa enorme, ele era um dos homens mais ricos do continente, e o mais rico e insurportável do continente. Balancei minha cabeça na tentativa de espantar o assunto pai da minha mente.

Bati na porta algumas vezes, não fazia ideia que horas são, então espiei pela janela, e tinha um menino é um casal, achei estranho o fato de o menino ser branco e o casal negro, ao mesmo tempo fiquei animada para conhecê-los.

Um homem atendeu a porta, preparei minha cara mais triste.

- Pois não? - Perguntou o homem a minha frente.

- Olá! Eu sou Scarlett Miller, o senhor por favor pode me deixar dormir aqui por uma única noite? Por favorzinho! - peguei uma das minhas malas que estava na minha mão direita e a coloquei no chão - Eu tenho bastante dinheiro para lhe pagar - abri a mala que estava cheia de moedas e mostrei ao homem.

- Espera aí um pouco senhorita - eu conhecia essa voz de algum lugar - Scarlett Wilson Miller ?! - uma mulher surgiu atrás da porta.

- Mary ? - falei animada e aliviada - Sabe que eu odeio o meu sobrenome Wilson.

- Vamos querida, entre esta frio aí fora - Quando ela termina de falar eu pulo pra dentro da casa - Não precisa pagar pra ficar aqui, eu estou te devendo um favor enorme. Bash, Gilbert essa é minha afilhada, ou quase - Ela diz sorrindo.

Um garoto (eu diria quase homem) vem caminhando até nos três. Uh! Ele é bonito.

- Como assim quase ? - Perguntou o menino.

- A mãe dela queria que eu fosse a madrinha mas o ...

- Chato do meu pai não deixou, e colocou a esposa de ministro de Portugal como minha madrinha, e ela só manda cartas no meu aniversário - digo antes de Mary terminar a frase dela.

- Aliás onde está seu pai ? - Bash perguntou.

Olhei para Mary, ela apertou meu ombro e eu senti que posso contar para eles.

- No Japão - respondi dando de ombros.

Depois de umas horas conversando tivemos que ir dormir, como não tinha quarto de hóspedes tive que ir na sala, por mas que Gilbert insistiu para mim dormir em seu e ele na sala, falei varias vezes que não precisava até ele desistir da ideia.
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Acordei com o sol batendo na minha cara, como ninguém tinha acordado, eu descido fazer o café da manhã para talvez conseguir mais alguns dias naquela casa.

Fiz cookies de chocolate que minha mãe me ensinou, torradas, todo sem fazer muito barulho, e por fim torta de maçã, confesso que deu muito trabalho para fazer a torta sem acordar tudo mundo, mas eu consegui, assim que terminei tudo fui lavar as mãos e o rosto, que estavam muito sujo.

Então quando a torta e os biscoitos estavam prontos e tirei eles e coloquei os dois em cima da mesa, sorri comigo mesma.

- Orgulho de mim mesma - falo baixinho.

Me troquei é visto o meu vestido mais simples, que por sinal era lindo também, essa era uma das vantagens de ter uma família muito rica, vestidos lindos para qualquer ocasião.

Fui caminhando até a porta e sai da casa indo direto até o pomar deles, subi em uma das árvores, a vista era tão linda que eu perdi o tempo, quando um menino me chamou atenção

- O que uma bela senhorita está fazendo sozinha em uma árvore? - um menino alto com cabelo cacheado, também era bonito, meu Deus nessa cidade só tem menino lindo.

- O que um - pensei um pouco, não podia falar bonito, isso seria estranho - rapaz está fazendo no pomar que não é nele ?

- Acho que eu perguntei primeiro - ele diz com um sorriso convencido no rosto, que me faz revirar os olhos.

- Acho que não é da sua conta - foi minha vez de sorrir - você vai ter que se virar para mim descer

- Você pode cair

- Eu sei descer de uma árvore - digo enquanto desço, não era a árvore mais difícil de escalar ou descer - Como eu disse, eu sei descer de uma árvore sem a ajuda de um menino

Ele se vira para mim e finalmente consigo ver seu rosto cheio de sardinhas.

- Prazer senhorita, meu nome é Christopher Williams - Ele pega minha mão, e a estranha sensação de borboletas no minha barriga começa a se formar, tiro a mão ante que ele a beije-a.

- Você ainda não respondeu a minha pergunta Christopher.

- Vim ver meu amigo, Gilbert.

- Acredito que ele ainda está dormindo - me viro e saio andando, ele caminha mais rápido até que chegamos a porta.

- Permita-me - Ele abre a porta para mim, nossos olhares se cruzam por uns segundos, até que Gilbert chama atenção de Christopher.

- Chris !! - Ele fala e vai dar um abraço no amigo.

Aproveito o abraço deles e vou até a mesa comer.

- Se você continuar assim vou te deixar ficar pelo resto do mês - sorrio ao comentário de Bash, acho que nos tornamos amigos.

Pego um biscoito e dou uma mordida, quando sinto que alguém está me observando, olho para frente Bash e Mary estão concentrados na sua comida, olho para o lado e descubro quem estava me observando, era o Christopher, por que ele fica me olhando com aquele maravilhoso sorriso? 

Lanço meu olhar mais severo a ele e desvio o olhar para o meu cookie e tento esconder o meu sorriso apertando os lábios.

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Oii gente !!! Minha primeira fic, espero que gostem.
Eu sei que minha escrita é horrível mas não desistam de mim S2
- Isah, xoxo

First love || Shirbet & Fadie Onde histórias criam vida. Descubra agora