O Dia

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Acordei pela manhã,  o céu parecia tão triste,  tanto quanto eu estava.  Ele estava nublado,  o sol nem apareceu. 

Eu levantei,  Math estava deitado na cama ao lado,  por incrível que pareça ele não estava acompanhado de nenhuma putinha universitária.

Fui andando pelo corredo,  práticamente me arrastando,  eram 6:00 am.  Entrei no banheiro lavei o rosto  e vi marcas por todo meu rosto no espelho.  Meu olho Tava bem inchado.  Fiquei ali em frente do espelho, tentando me reconhecer,  encontrar o meu sorriso,  a minha expectativa,  mas eu só consegui reconhecer o desastre que estava se tornando a minha vida  aqui.

Ouvi a porta abrir lentamente,  era a Beth,  fiquei surpreso.  Me assutei.

Me virei pra ela e antes que ela se aproximasse eu...

Johnny - o que cê ta fazendo aqui?  Sabe que nao pode.  E seu namoradinho pode surgir do nada,  das lixeiras,  dos ralos e terminar de desfigurar a minha cara. 

Então me virei novamente pro espelho  e abaixei a cabeça.

Beth - olha,  eu...  Eu vim pedir desculpas,  eu nao quiz provocar ele.  Na verdade  ele nem é  mais meu namorado.

Johnny  - parece que ele ainda não entendeu isso.

Beth  -  é  eu sei.

Ela se virou em direção a porta,  ela ia sair,  mas nao saiu.  Se virou na minha direção,  mordeu o lábia,  franziu a testa....

Beth - desculpa

E começou a tocar meu cabelo. 

Eu já estava perdendo a marra,  não é facil resistir a uma menina tao meiga. 

Como as mãos dela parecem flutuar pelo meu rosto,  seus carinhos parecem ser a paz que me faltava no coração.  O jeito como ela fecha os olhos lentamente,  quase que sem piscar.

Beth - deixa eu cuidar de você,  hoje.

Eu suspirei.  Levantei meu rosto. 

Mal conseguia me mexer. 

Johnny  - se não  for você..  Tá,  só porque nao tenho escolha . 

Beth - você é um amor com esse jeitao marrento.

Ela me carregou ate a cam,  entao eu deitei.

Beth - fica aqui,  eu ja volto.

Johnny - eu só posso ficar aqui mesmo,  soltar pipa nem rola né.

Ela riu incessantemente...  E nem teve graça. 

Ela voltou,  me deu um beijo na testa e saiu. 

:::::::::: 12:45 pm

Alguém bateu na porta.  Não poderia ser o Math,  pq ele nao bate,  ele sai rebocando a porta. 

Johnny - to com fome!! 

Eu gritei da cama pra quem estivesse do batendo na porta.

Beth - eeeeh  eu imaginei.  Olha,  trouxe alguns medicamentos pra fazer um curativo,  e seu almoço.

Eu ri,  eu estava mesmo com fome.

Johnny  - aaah viu Beth,  eu nao levantei,  fiquei aqui quietinho. Eu sou um bom menino.

Então eu sorri fechando totalmente os olhos.

Beth - para de ser fofo,  não combina com você. 

Ela riu. Deu altas gargalhadas...

Johnny  - então cade o rango "tia",  bora que o  tiozao aqui ta com fome de tipo uns cinco Niall.

Beth  - então,  cê nao vai comer agora,  primeiro você vai tomar um banho.

Johnny  - mas eu tomei já.

Beth  - quando?  Onde?

Johnny  - ontem,  na piscina.

Então,  nós dois rimos sem parar.  Esquecemos por um instante o lado ruim de tudo e de todos. 

Ficou um silêncio..  Mas ela não coseguia ficar quieta um segundo...

Beth - agora é serio,  vaai..  Vamos vou te ajudar a tomar banho. 

Dai,  ela pegou umas roupas limpas minhas e uma toalha e levou ate uma das cabeines do banheiro,  levou um shampoo que era dela,  um pente..  E a caixinha com os negócios de fazer curativos.

Ela voltou,  me levantou,  eu me apoiei  nela.  Fomos bem de vagar cantando pelo corredor... 

E os garotos olhava aquilo e riam...  E falavam

-- se deu bem ein  molek

Ela entao me sentou no vaso,  dai ela tirou a minha camisa,  o short eu mesmo tirei,  dai ela me ajudou a entrar na cabine,  abriu o choveiro,  pegou o sabonete e passou as espumas com as maos pelas minhas costas,  meus braços   e por fim..  Todo o corpo.  Dai ela pegou o shampoo  e pos na mão,  dai ela passou as duas mãos no meu cabelo,  esfregou,  parou e me olhou.  Meu olho tava ardendo.  Ela viu e riu,  dai tirei o shampoo. 

Ela pos a toalha sobre minhas costas,  eu troquei a cueca,  e pus a calça moletom.  Dai ela me ajudou  a sentar no vazo,  então,  ela começou a limpar meus machucados do rosto,  eu tinha um corte que foi feito quando levei um chute.  Ela passou o remédio,  colocou  a gaze,  e fechou.

Enquanto ela fazia,  os caras que entravam no banheiro ficavam assustados com a cena e desistiam ate de fazer o xixi. 

Quando eu pensei que tinha acabado,  ela veio com o pente.  Começou a pentear meu cabelo.  Ela fazia isso sem nenhuma pressa,  como se ela tivesse a vida inteira pra estar ali. 

Voltamos pro quarto,  entao sentamos e comemos juntos. 

Eu deitei na cama,  ela sentou na beira da cama,  e começou  a tocar o meu violão...  Sem perceber eu estava caindo no sono...  Por mais que eu esrivesse gostando muito de ouvir ela cantar,  e errar basicamente  quase todas as notas. 

Então,  peguei no sono...  Mas ainda podia ouvir a voz dela no fundo...

Dessa vez meu coração estava mais tranquilo.

O Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora