Set Off | Supercorp

Conectando-se (Parte 2)

Nenens, antes de vocês lerem, quero pedir para tomar água com açúcar (isso se não for diabéticos) e por favor, sentem-se.
Encontro com vocês no final 🙃

Melissa Benoist

Todo aquele ar de desejo se formando entre nós, estava me dominando totalmente. Ver cada reação de Katie a minha frente, só fazia aumentar minha vontade de ver ela se entregar a isso. Não sei bem em que ponto, eu havia virado uma profissional do sexo, porque meu corpo só obedecia meus comandos. Comandos esses que não passava pelo filtro de racionalidade, porque certamente não estaria a torturando daquele jeito. Mas acabei descobrindo um novo hobbie naquele momento, e ele envolvia provocar Katie McGrath.

Quando surrei ao ouvido dela, estava curiosa para saber a sua reação, por isso alternava em olha-lá com o canto dos olhos e pelo seu reflexo no espelho a nossa frente. Ela não tinha o notado ali ainda e saber que ela não tinha noção que eu observava cada expressão do seu corpo, só me incentivava a continuar. Ve-lá tentando desesperadamente conter um gemido, adicionei mais um novo objetivo a minha lista. Vê-la gemer para mim. 

Após prender seus pulsos atrás da cadeira, dei a volta a fitando com tanto desejo e sua resposta foi nítida, sua respiração descompensada e um brilho de suor se formando em sua testa. Fiquei de costa para a morena e deixei o ritmo da música me levar, enquanto passava minhas mãos pela extensão do meu corpo. Curvei-me para frente um pouco, fazendo que minha bunda fosse jogada para trás, criando o primeiro atrito em suas coxas. Imediatamente pude ouvir um gemido tímido sendo abafado.

Fui me empurrando mais em suas coxas enquanto estava com uma das mãos quase tocando o chão, afim de manter o equilíbrio.

Quando senti que tinha me encaixado em seu colo, levantei meu tronco lentamente até que senti seus seios em minhas costas. Inclinei minha cabeça, que se encaixo em seu pescoço e levantei minha mão direita até o outro lado de seu pescoço livre, arranhando-o em direção a sua nuca. Enquanto que com a minha outra mão livre, comecei acariciar meu seio.
Quando levantei um pouco o olhar ela estava nos olhando. Agora segurando seu olhar ao meu, dei um sorriso sapeca e comecei a rebolar devagar sobre seu colo, aplicando um pouco mais de pressão da minha bunda em sua virilha. Ela revirou os olhos, passou a língua pelos lábios e senti seu peito subir e abaixar de forma violenta.

— Me-Melissa, para... p-por favor. — ela finalmente falou com a voz totalmente rouca.

— E o que eu ganho com isso? — digo em resposta, sem parar meus movimentos.

Eu podia ver o estremecer de seu corpo, que ela estava quase chegando ao ápice. Então em um movimento rápido, inverti minha posição, sentando de frente pra ela, que jogou na mesma velocidade a cabeça para trás. Eu queria olhá-la nos olhos. Ver nos olhos delas o que tudo aquilo estava causando, apesar de já saber.

— Olha pra mim — pedi enquanto continuava me movimentando em seu colo. Fez um breve silêncio e nada. Ela sabia que eu queria decifrar seus olhos e ela não daria o braço a torcer. — Olha pra mim, Katie McGrath, não vou pedir de novo — e nada.

Me aproximei mais ainda dela, fazendo com que nossos seios se tocassem pela primeira vez. Mesmo com os panos das roupas os cobrindo, senti os meus se enrijecerem na mesma hora, o que me fez dar um suspiro mais longo. Passei meu nariz pela extensão de seu pescoço que agora estava totalmente a minha mercê. Ela começou a se contorcer abaixo de mim, tentando fazer com que eu parece, mas isso só estava aumentando mais ainda a fricção entre nossos corpos. Molhei levemente meus lábios e comecei a passar eles suavemente em sua pele exposta, até que finalmente acrescentei  minha língua, fazendo o caminho até a sua orelha.

— Tá bom! — ela falou apressadamente, movendo sua cabeça pra frente em um desespero para que eu tirasse minha língua dali. Dei um sorrisinho de vitória que não passou despercebido por ela.

Nossos olhos se encontraram. Tudo o que não tínhamos coragem de falar, estavam sendo expressados ali, com aquele contato. Eu podia ver a sua angústia. Ela finalmente tinha se rendido a mim e a toda aquelas sensações.

Foram longos minutos. Nenhuma fizera a menção de quebrar aquele contato, pois ele tinha um peso muito importante naquele momento e ambas sabiam disso. Meus sentimentos por ela vieram à flor da pele, batendo em meu peito, quase me empurrando de volta para sua pele, enquanto eu me empurrava internamente na direção contraria. Aquilo tudo não fazia o menor sentido, não agora. Isso não podia acontecer. 

Pude perceber que ela também estava enfrentando a própria batalha dentro de si. Por aqueles minutos, é como se pudesse realmente entendê-la. Entender seu nervosismo com o que a nova série podia trazer para nós. Pude entender que aquele nervosismo era uma máscara, porque agora estava nítido que o que tomava conta dela, era o medo. Medo do que aquilo tudo poderia fazer.

Pela primeira vez, me senti conectada com Katie McGrath.

Katie McGrath

Surreal. Era a palavra que definia aquele momento. A minutos atrás, vi uma Melissa que nunca imaginei que existia, e pela segunda vez, me vi encantada pela mesma mulher.

Eu estava sendo torturando e ela nitidamente estava adorando aquilo. Aquele poder sobre mim. O que cada toque dela, acabava causando em meu corpo e ao mesmo tempo em meu coração. Eu estava me agarrando até o último fio da racionalidade.

Aquele não era o momento pra perder a razão, porque se isso acontecesse, era apenas um caminho de ida e eu não sabia pra onde isso ia nos levar. Sinceramente, tinha medo de descobrir. Não pagaria pra ver.

Afinal, como arriscar as coisas entre nós? Temos uma série para fazer acontecer e que pelo visto ainda não estava perto de ser cancelada. Como levaríamos as coisas depois que atravessássemos isso? Não, definitivamente não.

Meu racional estava ótimo. O problema estava sendo o traidor do meu corpo e o desejo de ter aquela mulher para mim. Eu estava literalmente em uma guerra interna, o qual meu desejo estava ganhando.

Evitei ao máximo que nossos olhos se encontrassem, porque sabia que quando isso acontecesse, tudo viria átona. Aquilo viraria real. Ela teria a certeza que eu já estava rendida a ela. Minha relutância não era por orgulho, como eu tinha a certeza que ela estava achando. Meu medo era o que isso iria causar a seguir. Me segurei ao máximo, mas quando ela achou meu ponto fraco, saberia que não conseguia resistir por mais muito tempo. Então, fiz a única coisa que podia pará-la. Eu a olhei.

-.-

E aí? 😬