III • Holanda

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Desculpa ter demorado tanto, eu estava sem palavras para o capítulo, mas aqui está ele e também estava com alguns pequenos probleminhas nada sério.
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Observava o pátio, como se fosse invisível. A verdade era que eu me sentia invisível, e não entendo até hoje como alguém já me enxergou. Olhei as feições das pessoas, elas estavam tão... Felizes. Pelo menos era o que aparentava.

Nunca entendi o que acontecia comigo, mas observar as pessoas sempre fez parte de mim. Por este motivo, sei o jeito que Calum anda, ri, fala, se veste, como come e tudo mais. Pensando de um jeito, é aterrorizador mas eu nunca consegui parar de fazer isto. Para mim, era como se eu fosse um fantasma, apenas observava as pessoas, tentava ler elas mas sempre falhava. Nunca estive para assustar, pelo menos eu era um fantasma bom.

Ás vezes era estranho ser um observador. Me sentia um stalker, mas não perseguia as pessoas, eu apenas as observava.

- Hey, Michael? - ouvi me chamarem e olhei para o lado. O loiro-pinguim estava do meu lado, e não o tinha visto.

- Oi - disse, e ele me olhou confuso. Me perguntei o porquê ele me olhava assim, mas ignorei e continuei olhando para as pessoas.

- Você está bem? - ele perguntou depois de um tempo, e respondi balançando a cabeça. - Michael, olha para mim, por favor. - fiz o que ele pediu e olhei para o seu nariz. Era um nariz tão fofo e perfeito, ele fez rinoplastia? - Você está bem?

- Luke, eu estou bem. - disse e voltei a olhar as pessoas.

Ele ficou quieto, balançando a cabeça devagar, como se estivesse absorvendo algo ou só estivesse pensando em algo para dizer.

O sinal tocou, e eu dei tchau para ele, enquanto me levantava e me sentia mal por ter feito ele ficar tão quieto. Então, ele se levantou e ficou ao meu lado e perguntou:

- Qual é a sua aula de agora?

Vasculhei a mente, tentando lembrar dos horários de sexta e da primeira aula. Espanhol. Duas seguidas.

- Duas de Espanhol. - disse, depois de alguns segundos.

- Eu tenho duas de Inglês agora, então vamos, eu te acompanho já que é do lado. - Luke disse, sorrindo, e me perguntei como suas bochechas não doíam, ele parecia sorrir o dia todo.

Comecei a andar e ele foi ao meu lado, me acompanhando. E, não sendo uma surpresa, ele começou a falar:

- Você vai pegar o livro? - ele perguntou e eu concordei com a cabeça - Qual é o número do seu armário?

- 204. - respondi rápido e sem pensar, pelo menos o número do meu armário eu sabia. - E o seu?

- 306 - ele disse, rindo. - Seria muito clichê se o meu armário fosse do lado do seu, não é?

Ri junto dele, mas não entendi porque fiz isso. Talvez tenha sido por nervoso ou porque eu realmente achei graça de sua piada, embora não tivesse tanta graça assim.

- 306. Não é tão longe. - comentei, olhando os armários.

- É alguns passos. - ele disse, olhando as pessoas que passavam com pressa.

- Chegamos. Aqui está o meu armário. - disse, e o abri, já procurando o livro que séria necessario.

- Olha! Tem o Calum e você crianças, são tão fofinhos! - ele djsse, apontando para a foto pendurada na porta.

- Sim, tinhamos... 5 anos, eu acho. - disse, dando uma olhada para a foto de nós dois, sorrindo em no meio de folhas, giz de cera e peças de Lego.

Before I Go • Muke Onde histórias criam vida. Descubra agora