Friends or Lovers? || zayn malik

Capítulo 11

*Zayn ON*

Assim que entro em casa, a primeira coisa que oiço são os gritos da minha mãe.

-Tu não podes continuar a fazer isto!! Não podes voltar como se tudo estivesse bem entre nós!

-Eu mudei Trisha, garanto-te!!

Pelas suas palavras percebi que o meu pai tinha voltado a casa após algum tempo sem querer saber de nós e bem, a partir daqui as coisas só podiam correr mal. A minha mãe continuava a discutir e aposto que tinha as lágrimas prestes a cairem-lhe dos olhos. Antes que eles pudessem dar pela minha presença, apressei-me a chegar ao meu quarto.

-Zayn, querido ainda bem que já chegaste.- a voz da minha mãe parou-me no segundo em que a minha mão tocava na maçaneta da porta.

Amaldiçoei-a entre dentes e virei-me lentamente para a encarar.

-O teu pai voltou.- disse ela, apenas com dor na voz.

-Já reparei.- a minha resposta curta e seca não a fez pestanejar.

-Amor eu preciso que fales com ele, eu já não tenho força para enfrentar isto outra vez.- os seus olhos encheram-se de lágrimas e eu dei um passo em frente para lhe segurar as mãos. Não suportava vê-la assim.

-Mãe...- ao ver a hesitação na minha voz, ela implorou-me outra vez.

-Zayn por favor, faz isso por mim, pelas tuas irmãs, por ti.

As suas mãos tremiam e eu abracei-a, deixando que as suas lágrimas fizessem uma mancha na minha camisola.

-Está bem mãe, eu falo com ele, por ti.- sussurrei ao seu ouvido.

Deixei que ela me levasse até à sala e preparei-me para encarar o homem que já nos tinha abandonado tantas vezes. O meu pai, nem tinha a certeza se lhe podia chamar isso, nunca tinha estado lá para nós. Dono de alguns casinos, tinha o vício do jogo e da bebida, onde gastava a maior parte do seu, do nosso dinheiro. Passava dias fora de casa, a fazer as maiores merdas e a minha mãe a tomar conta de nós. Quando lhe apetecia voltava e isto tornou-se um ciclo mas um dia a minha mãe fartou-se e expulsou-o de casa. Nós mudamo-nos para aqui, com esperança de recomeçar tudo de novo mas parece que o passado nos perseguia.

-Filho, há quanto tempo!- disse o meu pai, dando-me um abraço não correspondido.

-Dois meses, mais coisa menos coisa.- respondi-lhe e vi dor e arrependimento passarem os olhos dele.

-Tenho tantas saudades vossas...

-Pára. Não comeces com essa conversa.

A minha mãe fungava no sofá e eu sentei-me ao seu lado, passando um braço pelos seus ombros. 

-O que é que estás aqui a fazer?-perguntei-lhe.