Temos que Ficar Juntos

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Thomas está perdido em seus pensamentos. Teria sido aquela visão uma lembrança perdida sendo recuperada? Ele decide que precisa contar para alguém, uma pessoa que ele sabe que pode entendê-lo sem fazer julgamentos. Teresa vem logo em sua mente, afinal ela teoricamente não o conhece muito bem, ou pelo menos não se lembra disso.

- "Esse lugar precisa de mais cuidados. Gally estava certo no fim de contas. "

Ao se virar, assustado, Thomas vê Minho.

- "Você era a última pessoa que eu esperava encontrar por aqui. Faz tempo desde nossa última conversa. "

- "Tem razão. Tanta coisa acontecendo..."

- "Eu venho aqui de vez em quando para pensar, mas nunca fico muito tempo. Esse lugar me traz lembranças felizes, mas só de pensar que ficaram no passado, e que não as viverei novamente, me deixa meio para baixo. "

- "Como era? Morar aqui... eu sei de muitas histórias, mas nunca ouvi de alguém que de fato já viveu numa dessas casas. "

- "Era mágico. Tudo que me importava era o Ben. Conversávamos com o dia todo, tirávamos assunto de tudo. O som do vento, a chuva mais pesada. Tinha até uma lagarta que nós vimos de pertinho formando seu casulo. Nada fora daqui nos chamava atenção. "

- "Imagino a dor de ter que sair daqui e voltar a viver em sociedade. " – Riu Thomas.

- "Eu avisava ele. Alby já tinha nos avisado antes. Que essa lagoa não era segura, que ela mexia com quem mergulhava nela. "

- "O quê? O que aconteceu? "

- "Ben mergulhou nela, ele adorava desafiar o perigo. Sempre teve muita vontade de nadar, mas nunca entendeu por que isso era proibido, nem eu entendia. Alby nunca nos explicou de verdade, e eu sinto que às vezes ele inventava coisas. "

- "Eu acabei de entrar aí. "

- "Sério? "

- "É. E quando eu mergulhei mais a fundo, comecei a ter pensamentos estranhos, como um sonho, na verdade um pesadelo. Eu saí na hora e não entrei mais. "

Thomas descreveu para Minho exatamente as lembranças que teve.

- "Vamos. Preciso te mostrar uma coisa. "

Minho e Thomas caminham até a cabana onde fica a maquete do labirinto.

- "Você provavelmente não reparou quando veio aqui, mas eu espetei alguns pequenos gravetos pela maquete. Não foi à toa. São os lugares onde eu e o Ben encontrávamos algumas coisas suspeitas. Existem alguns desenhos marcados nas paredes e no chão do labirinto, nós não tivemos tempo de discutir muito o que eles significam. Mas eles ainda estão lá. Ontem eu vim para cá depois da reunião, sozinho, e fiquei tentando ligar as coisas. Aquelas peças que encontramos. É muita coisa ao mesmo tempo. Eu preciso de ajuda, talvez você seja o único aqui dentro capaz de me ajudar nisso. "

- "Eu vi você e o Newt discutindo ontem na sede, foi quando você saiu. O que houve? "

- "Olha Thomas. Eu realmente preciso de alguém comigo para pensar nessas coisas. Eu e o Newton nos conhecemos há muito tempo, eu sempre admirei a inteligência dele, e insisto muito para que ele me ajude nisso. "

- "E o Alby? Ele pode te ajudar. Ele também é muito inteligente. "

- "Ele acha que tudo isso não levaria a nada. No fundo ninguém aqui quer pensar muito sobre o que existe lá fora. "

- "Eu quero ajudar, Minho. Quero entrar lá, quero sair desse lugar. Eu sinto que não pertencemos aqui. "

- "Eu também sinto o mesmo. Sabe Thomas, eu não escolhi você à toa para ser corredor. Eu sabia que você era especial desde que chegou aqui. E quando encontramos aquelas peças eu tive a comprovação disso, pois foi graças a você. "

Thomas sentiu que Minho precisava de um amigo de verdade, e ele também precisava começar a agir logo. Percebeu que se aliar a Minho seria a melhor escolha que ele já teria feito. O que o incomodava, entretanto, era a evidente admiração que o moreno tinha por ele.

- "Te encontrar na lagoa... Nossa, eu tive a sensação de que algo bom estava por vir. Apesar de ver aquela tocha apagada, eu senti que era ali que eu deveria estar. Você se lembra? Quando a tocha se apagou, foi no mesmo momento em que eu descobri o quão especial você realmente é."

- "Eu não sei o que dizer. "

- "Tá, me desculpa. A gente aqui planejando sair desse lugar, e eu falando essas coisas. Não faz sentido. De verdade, me desculpa. "

Nesse momento, Thomas sente um pouco de desespero. Ele precisa manter Minho ao seu lado a qualquer custo. E o rapaz tinha acabado de lhe dar as ferramentas para isso.

- "Pensando bem, você tem razão. Foi estranho justo naquela hora a tocha ter apagado. Quer dizer, eu não sei se acredito nessa história de que aquela tocha representa o sentimento, e blá blá blá..."

- "Thomas eu sei que você não faz parte desse lugar, e eu também não faço parte daqui. "

Minho se aproxima de Thomas, os dois ali em volta daquela maquete. Thomas sabia o que estava prestes a acontecer.

- "Temos que ficar juntos, Minho. "

Os dois se olham fixamente, enquanto se aproximam. Minho toca o rosto de Thomas, olha para a boca do garoto e o beija. O momento é longo, Minho realmente está entregue. Thomas a princípio não parece confortável, mas quando decide tocar o corpo de Minho ele finalmente sente que valeria a pena entrar na onda do rapaz.

Thomas coloca Minho na parede, os dois continuam a se beijar. Minho beija o pescoço de Thomas, enquanto leva suas mãos para a bunda do garoto. Thomas reage agindo da mesma forma, troca de posição, ficando encostado na parede. Ele enche suas mãos com a enorme bunda do moreno, que logo solta um revelador sorriso. Minho começa a tirar a camisa de Thomas, que começa a deslizar suas mãos pelas costas de seu parceiro. Logo os dois estão sem camisa. Thomas leva Minho até a maquete, vira ele de costas. O rapaz apoia os braços sobre o mapa do labirinto, enquanto Thomas abaixa suas calças e aprecia aquele belo par de nádegas morenas. Thomas se abaixa, e com sua língua começa a brincar com o ânus do rapaz, que geme loucamente. Thomas parecia saber exatamente o que fazer para dar prazer ao rapaz. Ele então se levanta novamente, e sutilmente penetra seus dedos cheios de saliva em Minho, enquanto tira seu ereto pênis de sua calça. Cuidadosamente, Thomas começa a penetrar seu órgão no ânus apertado de Minho, que continua gemendo prazerosamente. O cuidado de Thomas se esvai quando Minho, com o auxílio das mãos, puxa o parceiro para si, penetrando de vez e fazendo com que ambos sentissem um prazer enorme. Minho parece saber o que fazer, Thomas sente que o moreno também se movimenta, como se estivesse realmente sedento. Logo os dois aumentam a velocidade, os gemidos ficam altos, o suor dos dois começa a evaporar. Thomas não se contém, e ejacula dentro do moço, que aparentemente sente uma satisfação em ouvir o gemido do parceiro. Minho se levanta, Thomas envolve em seus braços enquanto recupera o fôlego, e em meio a algumas mordidas no pescoço suado do moreno.

Thomas recua, levanta suas calças. Minho faz o mesmo, e se senta sobre a maquete. Thomas só consegue olhar para o garoto, e sorrir. Os dois se beijam de maneira apaixonada.

O Vilarejo na Lagoa - uma fanfic Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora