O Vilarejo na Lagoa - uma fanfic Maze Runner

Sorrir ou Chorar

Ao raiar do sol, Thomas é acordado por Chuck, dizendo para ele se preparar para correr. Saindo da cabana onde dormem são abordados por Minho e Newt, o segundo líder da Clareira não parece confiante de que Thomas terá um bom desempenho.

- "Se eu bem me lembro, você caiu de cara no chão no seu primeiro dia aqui, ficou todo assustado no meio dos garotos e saiu correndo. A princípio pensei que tivesse jeito para a coisa. Bem, Alby foi resolver umas coisas então eu vou ficar cuidando de tudo por aqui, e, mesmo que eu não tenha concordado, ele sugeriu que vocês entrem no labirinto. "

Thomas parece que quer sorrir, finalmente ele veria um ambiente diferente do que está tão acostumado. Já Minho permanece sério e inexpressivo, mas questiona o risco de levar um novato para dentro do labirinto.

- "Alby disse que sentiu entusiasmo nele, e mais importante que confia em você Minho. Mas ele não quer que explore além das áreas que já conhece. É apenas um teste. "

Minho prepara Thomas dizendo que não pegará leve, e ambos partem para o labirinto.

Thomas tenta iniciar uma conversa, e mesmo com Minho relutando em sua introversão, insiste:

- "Você decidiu ser corredor ou te escolheram? "

- "Você sabe a resposta. Antes de mim, não existia ninguém corajoso o bastante para entrar aqui. Mas por sorte, Alby e eu sempre fomos muito amigos, e o convenci de que era importante conhecermos o que nos cerca. "

Durante a corrida os dois garotos se deparam com um objeto preso entre as vinhas em uma parede. Depois de muito esforço, conseguem retirar o que era uma pequena caixa de madeira. Minho a princípio não sabe o que fazer, mas Thomas diz que eles precisam abri-la. Dentro da caixa, um mapa, correspondente ao trecho do labirinto que leva da Clareira até àquele local, mas tem um X vermelho marcado em um ponto no meio do trajeto.

Eles se dirigem ao local indicado, mas não há nada, porém reparam que parte do chão naquele trecho não possui concreto. Cavar parece óbvio, mas Minho fica surpreso com a esperteza de Thomas em sugerir isso. Ainda estava confuso, afinal depois de 2 anos percorrendo o labirinto nunca tinha encontrado nada assim.

- "Você é esperto. O que acha que está enterrado ali? "

- "Um tesouro? " – Ri Thomas. – "Ou uma pista do que significa esse lugar. "

Minho não sorria há semanas, e finalmente encontrou um motivo para fazê-lo. Minutos depois eles chegam na Clareira e se deparam com Alby. Minho cumprimenta o velho amigo, que parece sério.

- "O que faz com isso? " – Pergunta Minho.

- "A tocha se apagou. E como você estava no labirinto eu trouxe suas coisas de sua casa. Você não pode mais entrar lá. "

Minho não sabia se sorria ou se chorava, a tocha ter se apagado significava uma superação para ele, que depois da morte de Ben, ainda morava na casa onde dividia com ele sua rotina de casal. Thomas percebe que seu novo amigo precisava de apoio.

- "Quer conversar? "

Minho respira fundo, enquanto os dois caminham em direção a mata.

- "Ele me motivava a voltar naquele labirinto todos os dias. Juntos exploramos todo aquele lugar, se não fosse por ele nós teríamos desistido faz tempo. Gosto de quem me desafia, de quem insiste comigo, de quem me conquista e não se intimida com meu jeito de ser."

Thomas sente uma enorme confiança vinda de Minho, e sente também que conquistou seu primeiro grande e verdadeiro laço dentro da Clareira. Os dois seguem para uma cabana até então desconhecida para Thomas, no meio das árvores. Ao entrarem, Minho mostra a Thomas uma espécie de maquete, representando tudo o que ele e Ben já haviam explorado do labirinto. Disse que apesar de Thomas estar certo quanto a cavarem no chão do labirinto, aquele pequeno mapa servia para 7 diferentes trechos, e que eles teriam que primeiro explorar novamente os outros para ter certeza do que fazer.

- "Mesmo assim, você se mostrou essencial como corredor. Fazia tempo que alguém não demonstrava tanta esperteza e entusiasmo. "

Thomas sorri, em agradecimento. Ele finalmente terá um pouco de emoção, uma responsabilidade que ele considerava melhor do que colher verduras na horta todos os dias. Mas para Minho havia algo mais, ele descobriu que o fato da tocha ter apagado não foi motivo para chorar.