Tempest

251 31 69
                                    

- Maldito Sabaku!

Mikoto entrou em casa tremendo e sendo seguida de perto pelo segurança. Suas pernas pareciam fracas demais para que ela conseguisse continuar, mas se obrigou a correr até o escritório do marido, onde praticamente se jogou sobre a poltrona e tomou o telefone em mãos. Tremia tanto que não sabia dizer se conseguiria discar o número de Fugaku.

Tinha tanto medo de imaginar o que poderia acontecer à Gaara que só conseguia se culpar por ter deixado ele ser levado por Rasa.

...

- Bem, agora que vocês estão em um hotel vai ficar mais fácil. – Disse Itachi. – Descubra se eu pai já voltou da viagem e nós vamos falar com o tio Madara para tentar colocar um fim nisso de uma vez. O Gaara está seguro lá em casa então agora só falta colocar o seu pai atrás das grades.

Temari estava mais uma vez na sala de Itachi, desta vez acompanhada por Fugaku e Sasuke. O filho mais novo de Fugaku também era médico, tinha estudado por um tempo junto de Temari e durante a faculdade mantiveram contato e fizeram alguns trabalhos juntos, por isso Sasuke ainda se sentia um tanto incomodado ao se lembrar de que nas vezes em que estivera na casa da amiga achava que ali só moravam ela, Kankuro e os pais. Ele era anestesista, no entanto, mas trabalhava ali junto da família e estava um pouco mais por dentro dos problemas de Temari.

Eles estavam tentando decidir a melhor forma de conseguir prender Rasa, mas no meio de suas conversas naquele final da manhã o telefone tocou de maneira ensurdecedora como se o próprio aparelho soubesse da notícia desesperada que estava prestes a dar. Itachi costumava deixar o aparelho no viva voz e sentiu o coração apertar ao ouvir a voz desesperada da mãe.

- Itachi! Pelo amor de Deus Itachi chama o seu pai! Eu ligo pra ele e ele não atende!

Temari sentiu o coração apertar e se levantou de imediato. Fugaku se aproximou da mesa do filho.

- Estou aqui Mikoto. O que aconteceu?

- O Gaara! – Uma lágrima escorreu pelo rosto de Temari ao ouvir o nome do irmão. – O pai dele veio aqui com um mandado de busca e um batalhão da polícia e disse que a gente tinha sequestrado e agredido o filho menor de idade dele! Ele levou o Gaara embora!

Temari sentiu as pernas fraquejarem e teve de ser ajudada por Sasuke a se manter em pé. Fugaku socou a mesa e Itachi tomou o próprio celular em mãos enquanto tentava digitar de maneira trêmula para Madara.

- Por que você deixou ele ir Mikoto? O que aquele desgraçado fez?! Ele invadiu a casa?!

- Não! Ele disse que a mãe do Gaara estava em casa esperando! Eu acho que ele deve ter acreditado nisso e ficado com medo que alguma coisa acontecesse!

- É MENTIRA! – Temari gritou desesperada enquanto Sasuke a ajudava a ficar de pé. – Minha mãe tá no hotel, eu acabei de falar com ela! Meu deus Gaara... – Ela levou as mãos à cabeça e puxou com força os fios aloirados, sentindo o desespero invadir sua mente.

- Salve ele, por favor! Ele não queria ir embora, mas como poderia ficar aqui sem saber se a mãe estava bem?

- Fique aí em casa e espere qualquer ligação. Nós vamos atrás deles

Fugaku desligou sem esperar qualquer resposta e encarou Itachi. Temari chorava copiosamente enquanto era abraçada por Sasuke e amaldiçoava a existência do pai.

...

Uchiha Madara era um homem sério em seu trabalho e isso mantinha a disciplina na divisão em que trabalhava. Ele era chefe da divisão antissequestro da polícia de Tóquio e por conta disso estava sempre recebendo ligações, fosse relacionada ao trabalho direto ou a outros assuntos. Os detetives que trabalhavam consigo sabiam que o Uchiha gritava bastante dependendo da situação e era possível ouvir isso de dentro de sua sala, mas mesmo para o Uchiha aquilo era demais.

O PianistaOnde histórias criam vida. Descubra agora