[VENCEDORA NO CONCURSO JOVENS TALENTOS NA CATEGORIA FANFIC] (21/09/2018)
#2 SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (4/08/2018)
#3 HISTÓRICA (8/08/2018)
No ano 1946 o mundo voltava aos eixos após o fim da segunda guerra mundial enquanto numa pequena vila dos Estados...
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Capítulo VI
POV Ella
" Ide em paz e o Senhor que vos acompanhe. Amem!" Repetimos a última palavra do reverendo e eu fechei os olhos sorrindo ao sentir a presença de Deus.
Eu adorava ir à igreja, o único sítio onde me sentia verdadeira em paz apesar dos olhares acusadores das pessoas sobre mim e a minha família. Eu tentava sempre ficar no último banco e deixava a minha família ir lá para a frente, mas Anderson sempre ficava do meu lado para não me deixar amerce de pessoas maldosas e desrespeitosas comigo e com a casa do Senhor.
" Ella, filha, podemos ir." Ouvi a voz da minha mãe e eu abri os olhos vendo os meus pais lado a lado sorrindo para mim. Anderson também já estava de pé a minha espera.
" Podem esperar um pouco lá fora? Quero ficar um pouco sozinha. Apenas uns minutos." Pedi baixinho e meu pai assentiu colocando o braço sobre os ombros da minha mãe.
" Nós estaremos a tua espera lá fora." Meu pai falou antes de caminhar para o lado de fora da igreja onde se ouvia os balbucios das pessoas no exterior.
Ajoelhei-me sobre a tábua de madeira gasta do banco da frente e coloquei os braços sobre o encosto repousando a cabeça sobre as minhas mãos cruzadas começando a orar um pouco, apenas eu e Deus. Orei por mim, pela minha família e que nunca faltasse nada em nossa casa, orei também por Dona Genoveva e por... Justin, por aquele rapaz que não acredita em algo tão bonito como Deus. Mas eu não o posso culpar, cada um deixa entrar quanta fé quiser no coração.
" És a Ella, não és?" levantei-me assustada assim que ouvi a voz de alguém ao meu lado e um toque no meu ombro. Estava tão distraida com o meu Deus que não pressenti alguem aproximar-se de mim.
Olhei para o lado encontrando o reverendo com um sorriso acolhedor e um olhar curioso, abaixei um pouco a cabeça afastando-me um pouco.
" A sua bênção senhor." Murmurei sorrindo levemente e o senhor sentou-se no banco convidando-me para sentar ao seu lado e eu aceitei.
" Já ouvi falar muito de ti filha." Olhei para os seus olhos assustada perguntando-me quais opiniões chegaram aos ouvidos do reverendo. " Não te preocupes, eu apenas te quero agradecer pelo bem que tens feito Ella. As pessoas podem falar o que quiserem, mas és tu que tens o dom que Deus te ofereceu minha filha, nunca te esqueças disso Ella, nunca deixes que alguém te magoe ou te faça desistir da tua fé."
" Nunca senhor. Deus é o meu caminho e a minha luz, eu irei usar o meu dom para o bem e apenas para o bem." Falei segura e convicta das minhas palavras.
