[VENCEDORA NO CONCURSO JOVENS TALENTOS NA CATEGORIA FANFIC] (21/09/2018)
#2 SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (4/08/2018)
#3 HISTÓRICA (8/08/2018)
No ano 1946 o mundo voltava aos eixos após o fim da segunda guerra mundial enquanto numa pequena vila dos Estados...
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Capítulo XIII
O cheiro a madeira queimada era sentido na casa velha de Dona Genoveva enquanto o fogão estava aceso como sempre. Mais uma tarde encontrava-me sentada na cadeira daquela cozinha na companhia da tão querida senhora que ficava feliz a cada visita minha. Naquela senhora eu via a figura de uma avó que eu não tivesse, ela elogiava-me, era muito carinhosa, alegre e graças a Deus apresentava-se melhor de saúde.
A discussão com Anderson tinha esgotado a minha vontade de sair de casa mas assim que terminei de almoçar com os meus pais corri para aqui para conversar com dona Genoveva. Minha mãe tentou saber de mim o que se tinha passado, mas apenas lhe disse que tínhamos nos desentendido por algo estúpido claro que ela não acreditou, no entanto deixou-me em paz.
Meus pais não iriam entender o porque da nossa discussão e iram perguntar o porque e não seria eu a contar, Anderson não confiou em mim para me contar que estava a namorar mas não seria eu a revelar isso aos nossos pais sendo que o assunto é muito mais complicado que um simples namoro de universidade.
" Ainda acho que deve falar com o seu irmão Ella, ele não entendeu o que lhe disse e deve estar triste por algo que não é verdade." A senhora a minha frente aconselhou e eu apenas neguei com a cabeça.
" Eu não consigo entender como ele percebeu o contrário. Eu estou chateada por ele não me contar que está apaixonado e não estou chateada pela nacionalidade da pobre rapariga!" Suspirei apertando as minhas mãos uma na outra. " Ele sempre me contou tudo percebe? E de repente com algo tão maravilhoso e novo ele escondeu."
" Mas diz-me Ella... tu aceitas completamente o facto da rapariga ser uma alemã? Um pessoa da raça do povo que destruiu tantas vidas?" Os olhos da senhora tornaram-se escuros e acusadores deixando-me um pouco com receio, confesso. Ela nunca me tinha olhado assim e estava com medo de a estar a ofender.
" Isso para mim não me importa Dona Genoveva! Se isso me importasse acha que estaria aqui consigo ou tentaria ser amiga do seu neto?!" retruquei sinto-me um pouco injustiçada. " Eu apenas quero a felicidade do meu irmão. E ela não tem culpa do que o seu país fez!"
" Desculpa Ella, não quis ofende-la." Desculpou-se dona Genoveva pegando na minha mão apertando-a entre as suas. " Realmente Alemanha e os outros povos erraram muito, tenho vergonha do que eles fizeram por algo tão inútil e cruel mas o que está feito está feito e os pecadores irão sofrer as suas consequências. Até mesmo o meu filho." A senhora abaixou a cabeça suspirando termulamente, engoli em seco por tal assunto vir ao de cima mas eu também me encontrava curiosa.
