Damia
É claro que não era para responder a pergunta de Thomas. Simplesmente gritamos ao percebemos que se o carro continuasse atropelaria um animal que estava atravessando a rua.
Thomas freou com força o bastante para nos machucar com o cinto.— Isso foi realmente necessário? — Perguntou Theo tirando o braço de papai que acertou seu rosto com força, mas nada grave aconteceu. — O senhor poderia desviar...
Ele se interrompeu com um engasgo. Seu olhar estava tremendo. Não percebi de imediato mas todos estavam olhando para frente, no lado de fora do carro.
Finalmente entendi o que estava acontecendo. Não era um animal que estava no meio da rua, era algum tipo de criatura que parecia ter saído de algum laboratório (Ou de algum seriado sobrenatural).
Seu corpo era comprido e parecia com um lagarto, mas com pelos em vez de escamas, devia medir três metros então é impossível desviar dele. Seu focinho alongado possuía mais dentes afiados do que de uma onça nesta floresta. Seus olhos eram idênticos a de um lobo faminto.
A primeira vista ele parecia tranquilo.— Talvez ele seja manso. — Eu disse, mas para destruir o meu comentário a criatura soltou um rugido que poderia matar qualquer um sem fazer mais nada.
— Aquilo é o que estou pensando? — Perguntou Theo, mais curioso do que com medo.
— Não podemos ficar aqui! — Gritou Thomas retirando o seu cinto de segurança e ajudando sua esposa com o dela.
— Por quê? — Perguntou meu pai. — Aqui está fechado e seguro.
E mais uma vez a fera provou que estamos errados.
Ela cravou seus dentes enormes no para-choque e arrancou metade dela sem esforço algum.
Neste momento todos já saímos do carro e mesmo estando de pé não poderíamos nos comparar em altura com aquele... Mostro Lagarto.
Agora que estamos fora só tínhamos duas opções: entrar na floresta e nos perdermos ou sermos comidos.— Corram!
Meu pai nem precisava gritar. Todos fomos na direção das árvores, todos menos o Theo, já estávamos bem longe do automóvel quando percebi o que estava fazendo. Ele voltou. Com uma força estranha abriu o porta-malas e pegou a sua mochila de lá.
O caderno!— Isso não é necessário Theo! — Eu disse fazendo com que todos parassem e olhassem para trás. — Larga isso!
Tarde demais. O Monstro Lagarto pulou em cima dele derrubando-o no chão.
— Sai daqui! — Theo gritou e chutou com força o estômago da criatura com força o bastante para fazê-la recuar.
Ele correu por um metro antes do monstro se recuperar gritar e segurar a perna de Theo com os dentes. Claro que ele não gritou de dor, Theo sempre esconde as emoções, mas a careta em seu rosto já explicava a situação.
— Temos que tirá-lo de lá!
Nem percebi que tinha dito aquilo em inglês. Quando fui repetir uma luz branca passou por trás de mim e voou na direção do Monstro Lagarto e o derrubou. Theo saiu de lá mancando e colocando a mochila na costa. Nem perguntei o que aconteceu só cheguei até o Theo e coloquei um de seus braços por cima de mim e o ajudei a andar. Neste momento, começou a chover.
— Por quê? — Perguntei olhando pro céu.
— É o Bunyip! — Respondeu Theo, pensei que ele tinha espirrado e iria repetir mas, ele não fez isso. — Seu poder é de criar grandes tempestades e inundar cidades com suas enchentes.
— Você realmente conhece tudo sobre monstros! — Elogiou Thomas carregando seu filho e colocando-o nas costas. — Não lembro de te ensinar sobre algum monstro além dos gregos.
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Série: Domadores - Livro Um: Corcéis
FantasySINOPSE: Pensamento atual de Theo: O que faria se nosso mundo estivesse em Perigo desde a sua cRiação? O quE faria se te dissessem para ser o herói? O que faria... Pois eu, esColhi não me Importar, não quero Saber de heroísmO e nem salvar o munDo...