Damia
— Posso lhe perguntar como conseguiu um "Grimório"? — Perguntou Jasão a Theo com sua cara autoritária, como se o título de herói não existisse mais e tudo o que restou foi a alma de um policial.
Estavam todos transtornados. Ninguém parava de murmurar falando sobre o deus em forma de chacal andando de cabeça para baixo no teto do estádio de Futebol Tridimensional, mas diferente de chacal comum, Anúbis era totalmente preto e muito maior, sem nenhuma mancha ou marca no pelo. A chuva ficou ainda mais forte desde que levaram a Sra. Helena para a área médica e o único lugar próximo para fazer uma reunião e não ter que se molhar era aqui. Centenas de pessoas se reunião nas arquibancadas enquanto dentro da quadra estavam apenas as pessoas designadas por Jasão: Theodoro e seus pais, Rike, alguns dos soldados e heróis da cidade e o próprio deus dos mortos, Anúbis. Todos no teto de cabeça para baixo pois o piso estava um pouco molhado e por exigência de Anúbis que não queria ficar ainda mais molhado todos que tiveram que ceder e ficar alí. A quadra, diferente de um campo de futebol comum, era gigante e com um formato esférico todo revestido em metal e runas mágicas que flutuavam ao redor de todos. A cor era de um azul disfarçado com o ferro e as arquibancadas ficavam na primeira camada da quadra, na segunda fica o campo com os jogadores.
Se estiver difícil de entender é só imaginar um ovo gigante e mais esférico e um pouco achatado em cima: Na clara fica o público e na gema os jogadores. O jogo é igual ao futebol comum, mas você consegue andar livremente por qualquer lugar sem interferência da gravidade e você pode usar os seus poderes, contanto que seja na bola.
As traves para marcar gol ficam em lados opostos em dos hemisférios da quadra.
Eu poderia falar todas as regras e o quanto o jogo é divertido, mas entenda, caro leitor, que eu não entendo porcaria nenhuma de qualquer tipo de futebol então, vou deixar para o Rike explicar melhor na próxima.
Eu estava na arquibancada assistindo a conversa de Jasão e o Deus Anúbis. Eu estava sentada no que seria o teto. Não existem bancos, todos podem sentar ou deitar onde quiser para assistir, pois mesmo que pareça estar de cabeça para baixo, você sente como se estivesse em terra firme. A conversa toda era em inglês universal para que o público diverso ao redor pudesse entender também.— Eu o encontrei pela primeira vez na biblioteca da escola que eu frequentava. — Disse Theo com ar de zangado por ter que lembrar do que não quer. — Mas depois do acidente ele desapareceu junto com o Cavalo naquele dia. Mas algum tempo depois... — Ele se interrompeu e olhou em minha direção. — Depois de algum tempo, enquanto estava no hospital, eu encontrei o caderno debaixo de meu travesseiro.
Eu fiquei um pouco admirada. É a primeira vez que Theodoro mente. Ele sempre esconde um fato ou outro mas, sempre que alguém pergunta ou quando está em público ele nunca mentiu. Foi eu quem entregou o livro a ele depois do... Sonho.
As imagens do sonho rodaram mais uma vez em minha mente. Depois de dois meses eu deveria ter esquecido daquilo, mas parece que minha memória resolveu ficar boa. A doce voz da mulher dizendo para procurá-la quando precisarmos de ajuda.
— Já lhe falei sobre o caderno, Jasão. — Disse Thomas. — Meu guerreiro me contou a algum tempo. Acho que ele pode ter sido a causa do terremoto na escola.
— E da aparição do cavalo monstro. — Comentou Ana atenta ao redor com medo de alguma coisa acontecer. — Quem sabe os perigos que isso ainda pode causar? Não é de ponta-cabeça que vamos ficar seguros.
— Mesmo que você caisse do teto a quadra possui uma segurança para diminuir o impacto da queda. — Disse Yugo, um garoto de cabelos loiros e olhos azuis e era o capitão do time de futebol tridimensional do campo e usava até mesmo o uniforme azul do time, ele estava perto do portão de baixo da quadra. — Então pode ficar tranquila.
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Série: Domadores - Livro Um: Corcéis
FantasySINOPSE: Pensamento atual de Theo: O que faria se nosso mundo estivesse em Perigo desde a sua cRiação? O quE faria se te dissessem para ser o herói? O que faria... Pois eu, esColhi não me Importar, não quero Saber de heroísmO e nem salvar o munDo...